Rei perdoa vítima de violação que estava condenada a 200 chicotadas
O
rei da Arábia Sudita, Abdullah, perdoou uma jovem vítima de violação
que estava sentenciada a seis meses de prisão e 200 chicotadas por ter
estado sozinha com um homem que não era da sua família, escreve hoje um
jornal saudita
O ministro da Justiça Abdullah bin Mohammed al-Sheik afirmou ao jornal Al-Jazirah que o perdão não significa que o rei duvide dos juízes do país, mas sim que tenha agido em nome dos «interesses do povo».
«O
rei sempre teve em atenção o alívio do sofrimento dos cidadãos quando
tem a certeza que estes veredictos vão deixar marcas psicológicas
graves nas pessoas condenadas, apesar de estar convencido que as
sentenças são justas», declarou o ministro.
A vítima deste caso, conhecida como a «Menina de Qatif» na sua cidade, esteve, em 2006, num carro com um homem quando foram atacados e violados por sete homens.
A
jovem foi inicialmente sentenciada, em Novembro de 1006, a vários meses
de prisão e 90 chicotadas por ter estado sozinha num carro com um homem
que não é seu marido ou parente, uma violação grave à estrita
segregação sexual do país.
A mulher, que tinha 19
anos na altura da violação, afirmou que se encontrou com o homem para
lhe pedir uma fotografia que este tinha tirado no seu casamento.
O
caso foi muito falado a nível internacional, especialmente depois de o
tribunal ter duplicado a sentença, no último mês, para 200 chicotadas e
seis meses de prisão.
O presidente dos EUA, George
W. Bush, expressou a sua revolta quando conheceu a sentença, afirmando
que se questionou como reagiria caso se tratasse de uma filha sua.
SOL com agências