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 Portugal perdeu 40% da frota de pesca

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MensagemAssunto: Portugal perdeu 40% da frota de pesca   Portugal perdeu 40% da frota de pesca EmptySáb Set 22, 2007 2:22 am

Portugal perdeu 40% da frota de pesca



Em duas décadas, Portugal perdeu 40% da sua frota de pesca. Com o forte contributo da política de reestruturação e de abate financiada pela União Europeia, passámos de 14 mil embarcações, em 1986, para as actuais nove mil.

Acresce que muitas dos barcos de pesca que sobrevivem foram compradas por espanhóis. Em Matosinhos, por exemplo, só escapou o "Península", único arrastão que descarrega diariamente no porto de pesca de Leixões.

Pescadores e armadores apontam o dedo ao Estado. O Governo argumenta com a escassez de peixe e a existência de quotas, orientando estratégias para a aquacultura e a exportação.

"No Porto de Leixões, em 1986, chegámos a ter 14 arrastões a descarregar diariamente. Em Matosinhos, havia uma centena de traineiras. Agora, há apenas 23 traineiras entre Caminha e Aveiro e duas dúzias de embarcações de pesca artesanal", denuncia o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Norte.

Segundo António Macedo, são 11 os arrastões inscritos em Leixões, mas só um (o Península) descarrega naquele porto. A maior parte foi comprada por espanhóis e pesca e vende nas regiões espanholas da Galiza e das Astúrias. Um cenário que se repete por todo o país. De um total de 90 arrastões, 20 pertencem a armadores do país vizinho.

"Em Sesimbra havia 15 embarcações a pescar em Marrocos. Com a renegociação do acordo de pesca, em 2006, nove foram para abate e seis dedicaram-se a actividades como a pesca de espadarte", exemplifica João da Silva Lopes, do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul. "Só não há mais abates, porque acabaram os apoios comunitários", garante, por sua vez, Henrique Bertino, do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Centro.

"Não temos ambição"

Os armadores alegam que o abate de barcos é a única solução para uma "actividade que deixou de ser atractiva", devido aos elevados custos de gasóleo, aos preços de venda em lota, que se mantêm inalterados há vários anos, e à política de quotas.

"Dado que a redução de capturas significa uma redução de proveitos e uma vez que a Comissão Europeia se recusa a subsidiar os armadores por essa perda, a única solução é reduzir o número de embarcações, aumentando as quotas para cada uma", explica o presidente da Associação de Armadores da Pesca do Norte.

António Pontes insiste que será preciso abater mais 80 barcos. António Cabral, presidente da Associação de Armadores de Pescas Industriais (ADAPI), acrescenta que isso se fica sobretudo a dever ao plano de recuperação de pescada e lagostim que, desde 2005, implica a redução dos dias de pesca permitidos anualmente (menos 10%). "Com apenas 15 dias por mês para pescar, muitos navios vão ter que ser abatidos", vaticina.

O Governo acabou, porém, com os abates. Mas também não autoriza mais embarcações. O futuro, segundo o secretário de Estado das Pescas, passa pela reconversão e modernização da frota e pela adaptação de alguns barcosà actividade turística. Investimentos que terão 65% de apoios a fundo perdido.

"Não temos ambição nem capacidade para actuar em mercado aberto", considera Luís Vieira. Apesar de garantir que os números do Eurostat apontam para uma redução da frota pesqueira de apenas 6,9% nos últimos cinco anos, o governante admite que é preciso definir estratégias.

Investimento de risco

O caminho traçado no próximo quadro comunitário de apoio, que prevê para o sector financiamentos de 246 milhões de euros, é o da exportação e da aquacultura. "Temos recursos limitados. O esforço de pesca tem que ser ajustado e temos de encontrar novas formas de rentabilidade".

A produção em viveiros representa 3% das sete mil toneladas de peixe comercializadas anualmente no país. "O objectivo é multiplicar por cinco essa produção. Dentro de 10 a 15 anos, mais de 50% da oferta de pescado será da aquacultura", aponta, elogiando projectos como os da Pescanova (praia de Mira) e um outro para o Algarve, que terá 14 km de extensão e 60 lotes. Investimentos que causam "apreensão" aos sindicatos.

20 mil pescadores a menos


Em 1986, Portugal tinha 41 mil pescadores em actividade, segundo os sindicatos. Este ano, são apenas 21 mil os trabalhadores registados para ir ao mar.

JN (22-09-2007)
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MensagemAssunto: Re: Portugal perdeu 40% da frota de pesca   Portugal perdeu 40% da frota de pesca EmptySáb Set 22, 2007 10:58 am

BEM VINDOS a U.E.!!! E eu conheco quem recebia 150 000 euros/ANO , para NAO PLANTAR !!!
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