Bispos defendem valor da família
Os responsáveis das Conferências Episcopais Europeias criticaram o aumento dos divórcios e de abortos no continente bem como a diminuição dos casamentos, considerando que isso está a destruir o conceito de família tradicional.
No balanço do primeiro dia de trabalhos do Conselho das Comissões Episcopais Europeias (CCEE), os 36 cardeais e bispos reunidos, ontem, em Fátima, lamentaram o aumento das relações de facto e das famílias monoparentais, considerando que estes dados indicam um "cenário muito preocupante para a Europa".
"Muitos consideram hoje o matrimónio como um simples contrato entre duas pessoas", referem os bispos europeus, que apontam também o relativismo e as migrações internas como outras causas das separações e divórcios.
Para a CCEE, os poderes políticos devem dar atenção a este fenómeno que prejudica o crescimento demográfico e afecta a "coesão social" e a educação das novas gerações.
"A Europa perderá o seu futuro se perder a família", avisam os bispos.
Em particular, a Igreja Católica europeia nota diferenças no discurso dos jovens que continuam a ter como meta a família e o casamento e a realidade que depois se verifica de facto.
"Está em crise, de facto, a forma tradicional de família", devido à "mentalidade individualista e secular" a que se soma um "ambiente que minimiza o papel primordial" do núcleo familiar em benefício do "interesses efémero e materialista".
No dia anterior, já o cardeal Battista Re, presidente da Congregação dos Bispos, tinha criticado o "avanço da secularização que a modernização trouxe", criando uma "ditadura do relativismo" que deve ser combatida pelos católicos.
JN (06-10-2007)
Lendo a última notícia que coloquei, no Tópico da "Eleição presidencial nos EUA" (Rubrica - MUNDO) sobre o voto das mulheres solteiras, parece-me que esta tendência europeia (preocupante, para os Bispos Católicos) se estende igualmente ao continente americano.