Teixeira dos Santos quer salários de gestores divulgados

Teixeira dos Santos quer salários de gestores divulgados







O ministro das Finanças entende que os
salários dos gestores devem ser tornados públicos, como forma de
atenuar as desigualdades sociais na distribuição de rendimento.









A «publicitação
dos salários dos gestores teria muitas vantagens até por facilitar o
exercício de uma pressão social que evitasse tão elevadas discrepâncias», defendeu ontem no Parlamento Teixeira dos Santos, a propósito do fosso salarial entre as classes trabalhadoras.



O ministro das Finanças respondia a Francisco Louçã, que interpelou o
Governo sobre o agravamento das desigualdades sociais, uma questão
evocada pelo Presidente da República na tradicional mensagem de Ano
Novo.

	Alerta social
A Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) alerta para um «mal-estar» na sociedade portuguesa que, a manter-se, poderá originar uma «crise social de contornos difíceis de prever». Em comunicado divulgado no seu portal, a SEDES sustenta que «sente-se hoje na sociedade portuguesa um mal-estar difuso, que alastra e mina a confiança essencial à coesão nacional». Esse mal-estar deve-se a «sinais de degradação da qualidade cívica», como a «degradação da confiança dos cidadãos nos representantes partidários», a «combinação de alguma comunicação social sensacionalista com uma Justiça ineficaz» e o aumento da «criminalidade violenta» e do «sentimento de insegurança entre os cidadãos». A SEDES adverte que, a manter-se o «mal-estar e a degradação da confiança (...), emergirá, mais ou cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de prever». Lusa

O ministro entende que deve ser o próprio mercado, através de
mecanismos de maior transparência e controlo, a corrigir as assimetrias
existentes entre os ordenados dos trabalhadores e os dos gestores
públicos.



O vice-presidente da bancada do PSD, Patinha Antão, acusou o Governo de «andar a encolher»
a classe média. Teixeira dos Santos recusa esta tese, referindo que
durante o período do Governo de maioria PSD-CDS/PP, o índice de
desigualdade na distribuição do rendimento era de 7,4 %, sendo agora de
6,8%.



O ministro recusou a proposta do BE de aumentar os salários e
pensões caso a inflação ultrapasse as previsões. Uma medida deste tipo,
considera, acarretaria um risco de «espiral inflacionista penalizadora dos portugueses».



Além de se situarem abaixo da maioria dos países comunitários, os
salários dos portugueses revelam a maior disparidade entre os
rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos. Em média, estes
últimos ganham sete vezes mais, segundo dados do Eurostat.



Os trabalhadores ganhavam, em média, 712 euros líquidos por mês em
2006, segundo dados do INE de 2007. Para quem tem o ensino básico, o
salário médio não vai além dos 600 euros, que cresce para cerca de 1350
euros no caso dos licenciados. Já os gestores de topo recebem, em
média, 4851 euros.



Os dados revelam que a desigualdade na distribuição dos rendimentos
não melhorou em relação a 1998. O rácio é o mesmo de há dez anos, sendo
apenas superado pela Letónia, no seio da UE.




JC, hoje às 12:15





Fotos: Lusa

PUBLICOS!!! Fazem muito BEM!!!! Mas o que deviam fazer e VENDER TUDO e devolver o dinheiro ao POVO!!