Protestos acompanham funeral de vítimas do atentado de ontem em Israel
O funeral das oito vítimas mortais do atentado de ontem em
Jerusalém-Leste foi palco de apelos ao fim das negociações de paz
israelo-palestinianas. Milhares de pessoas acompanharam esta manhã o
cortejo fúnebre, que partiu da escola talmúdica, palco do atentado.
A
polícia e o exército reforçaram a segurança em todo o território esta
sexta-feira, dia de oração para a comunidade muçulmana. As autoridades
encerraram provisoriamente as fronteiras com os territórios
palestinianos.
No início do cortejo, o responsável do
estabelecimento escolar, criticou a vontade do governo, "em ceder
território aos palestinianos". Vários deputados da direita religiosa
exigiram igualmente que o governo suspenda as negociações com os
palestinianos.
O atentado de ontem, o mais grave dos últimos 4
anos, provocou ainda 9 feridos, três dos quais se encontram
hospitalizados em estado grave.
Segundo a polícia o atacante
seria um palestiniano residente em Jerusalém-Leste e antigo funcionário
da escola religiosa. O atacante irrompeu ontem na biblioteca do
estabelecimento, disparando à queima-roupa sobre os estudantes até ser
neutralizado por um estudante e reservista do exército.
Um grupo quase
desconhecido, próximo do Hezbollah libanês, reivindicou o ataque. O
Hamas palestiniano saudou a acção mas rejeitou qualquer
responsabilidade no atentado.