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 Zimbabué não dará credenciais a jornalistas ocidentais

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MensagemAssunto: Zimbabué não dará credenciais a jornalistas ocidentais   Zimbabué não dará credenciais a jornalistas ocidentais EmptyDom Mar 16, 2008 1:00 pm

Zimbabué: Governo não dará credenciais a jornalistas ocidentais e vai deter os ilegais


Joanesburgo, 16 Mar (Lusa) - O governo do Zimbabué anunciou hoje que procederá à detenção de qualquer jornalista ocidental que entre no país fazendo-se passar por turista para cobrir as eleições presidenciais, legislativas e locais de 29 de Março.

A informação foi dada hoje por um alto funcionário do regime ao jornal estatal "Sunday Mail".

Em declarações publicadas pelo jornal, George Charamba, o secretário permanente do Ministério da Informação, disse que uma equipa composta por funcionários do seu Ministério, dos Negócios Estrangeiros e dos serviços secretos está a examinar individualmente os cerca de 300 pedidos de acreditação de jornalistas estrangeiros recebidos pelo governo e que nenhum jornalista ocidental receberá credenciais para trabalhar no país no período eleitoral.

Segundo Charamba, os "jornalistas ocidentais não serão autorizados a cobrir as eleições porque os governos dos seus países acreditam que apenas eleições ganhas pela oposição poderão ser consideradas livres e justas".

"Estamos atentos a tentativas dos governos hostis de transformar jornalistas em observadores ou de infiltrar observadores não autorizados e pessoal de segurança à sombra dos media ou organizações privadas, e iremos detê-los e expulsá-los", garantiu George Charamba ao jornal.

Aquele funcionário recordou que o seu governo excluiu por princípio todos os observadores de países ocidentais de monitorizarem as eleições deste mês pelas mesmas razões: "porque os seus governos acreditam que só eleições ganhas pela oposição são livres e justas".

A legitimidade dos três actos eleitorais realizados no Zimbabué desde o ano 2000, e que mantiveram no poder o presidente Robert Mugabe e o seu partido, a Zanu-PF, foi fortemente contestada pelos governos da União Europeia, dos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia e muitos outros países democráticos com base em irregularidades, repressão estatal, falta de transparência na contagem dos votos e intimidação dos eleitores, mas Mugabe e o seu regime mantêm, apesar das críticas e das sanções, as leis e os métodos repressivos em vigor.

Desde 2000 que as leis que regulamentam a actividade jornalística têm sido endurecidas, jornais independentes encerrados e limitadas as acreditações a jornalistas locais e estrangeiros.

A Comissão dos Media e da Informação (MIC), o organismo governamental que deixou de existir por decreto-lei mas que na prática continua em actividade - segundo denunciam vários advogados zimbabueanos - está a exigir aos jornalistas estrangeiros que pretendem cobrir as eleições 1.000 dólares norte-americanos por um cartão de Imprensa e aos jornalistas zimbabueanos que o pretendem fazer para órgãos de comunicação estrangeiros 4.200 dólares, encargos que constituem os mais elevados cobrados à comunicação social em qualquer parte do mundo.

Mugabe, de 84 anos e no poder desde a independência do país em 1980, concorre às eleições presidenciais contra o líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC) Morgan Tsvangirai, e o seu ex-ministro das Finanças Simba Makoni.

O presidente e chefe do governo já classificou em várias ocasiões ambos os seus adversários como "fantoches do Ocidente", tendo chamado a Makoni "um prostituto" pelo facto de ele ter ousado candidatar-se contra o ex-partido (a Zanu-PF, que o expulsou das fileiras recentemente).

Charamba disse ainda ao jornal estatal hoje publicado em Harare que muitos dos jornalistas ocidentais que requereram acreditação para as eleições zimbabueanas estiveram previamente estacionados no Iraque, no Quénia e noutros países onde se verificam conflitos com milhares de vítimas.

"É como se uma guerra estivesse em vias de começar no Zimbabué. Existe uma estratégia montada destinada a utilizar as imagens como mobilizadoras da opinião internacional, e o destacamento de correspondentes e operadores de câmara de guerra antevê a expectativa de sangue nas ruas", disse Charamba.

Para o funcionário, a estratégia de mobilizar o mundo contra o regime não irá resultar.

AP.

Lusa/fim
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