Treze profissionais dos Media mortos em seis meses
Levou um tiro na cabeça enquanto trabalhava numa reportagem sobre a violência num bairro de Bagdad. Chamava-se Salih Saif Aldin, era correspondente do diário norte-americano The Washing Post no Iraque, e juntou-se ontem à já longa lista de jornalistas mortos no exercício da sua função no país que é já considerado o mais perigosos para estes profissionais.
Segundo a comissão de Protecção de Jornalistas, cerca de 160 jornalistas e outros profissionais da comunicação social foram mortos naquele país desde o início da guerra, em Março de 2003.
Pelo mundo foraMas os números também não são animadores no resto do mundo.
Pelo menos 13 jornalistas e outros profissionais de comunicação social foram mortos e dois desapareceram nos últimos seis meses no hemisfério Norte. Segundo um relatório preliminar apresentado ontem pela Associação Americana de Imprensa, citado pela Lusa, a liberdade de imprensa está cada vez mais ameaçada naquela zona do globo, sobretudo em países como a Venezuela, a Colômbia e o México.
O México tornou-se um dos países mais perigosos para os jornalistas, alertou Gonzalo Marroquin, chefe da comissão de Liberdade de Imprensa, durante a 63.ª assembleia geral da organização, que decorreu em Miami, nos Estados Unidos. "A situação está a piorar, de forma geral", acrescentou, apesar de reconhecer que existem algumas melhorias.
Nomeadamente, as leis norte-americanas, recentemente aprovadas, de protecção de jornalistas, que lhes permitem recusar revelar as suas fontes em tribunais federais.
Porém, no México, três jornalistas e três distribuidores foram mortos e dois repórteres desapareceram, refere o relatório da organização que se dedica a promover a liberdade no continente americano.
O mesmo documento revela ainda que oito jornalistas foram mortos no Brasil, Colômbia, El Salvador, Haiti, Paraguai, Peru e Estados Unidos.Quanto a Cuba, esta, refere o relatório, mudou pouco desde que o presidente Fidel Castro foi substituído pelo seu irmão, Raul Castro, uma vez que nos últi-mos 14 meses foram detidos 27 repórteres.
DN (16-10-2007)