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 Conto do vigário

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Vitor mango

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MensagemAssunto: Conto do vigário   Conto do vigário EmptyTer Mar 25, 2008 8:45 am

Conto do vigário








Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil

Conto do vigário T




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Foi o melhor discurso de Obama. Ou foi o pior? Foi sobre raça e racismo. Barack Obama propôs "uma conversa nacional" sobre
a questão racial. A maior parte do país não entendeu qual o objetivo.


Foi
semana passada e desde então domina o debate político na imprensa, nas
igrejas e nas universidades, mas nenhum americano convidou outro para
ir ao bar tomar uma cerveja e conversar sobre raça. Tomam cerveja e
perguntam: qual é a do Obama?


Afinal,
o próprio senador, ainda deputado, no discurso que deu a ele projeção
nacional durante convenção do partido democrata em 2004, disse que "não
existe uma América Branca, nem uma América Negra. Existem Estados
Unidos da América". Aplaudido de pé. Assunto encerrado.

De onde veio
esta conversa nacional sobre racismo? Veio do reverendo Jeremiah Wright
de Chicago e ele é importante porque há vinte anos guia o espírito do
senador, foi a fonte de inspiração do livro "Audácia da Esperança", foi
quem atraiu Obama para o cristianismo, quem celebrou o casamento do
senador e batizou os filhos dele com Michele.


Este amigão e inspirador, que também consolou o presidente Johnson e foi recebido por Clinton na Casa Branca, fez comentários
que arrepiaram os americanos.


Entre
eles: “o vírus da Aids foi criado pelo governo para eliminar as
minorias pobres”; depois dos ataques às torres, ele usou uma expressão
equivalente a "estamos colhendo o que semeamos"; “não devemos dizer
Deus abençoe a América e sim, Deus amaldiçoe a América”; “sionismo é
elemento do racismo branco". Há outros
.

Com freqüência se inspira na Teologia da Libertação Negra, sua igreja Trinity em Chicago tem mais de 10 mil fiéis e Barack
Obama não podia mais ignorar as cobranças sobre suas conexões com o reverendo.


Daí
veio o discurso chamado “A More Perfect Union”, “Uma União Mais
Perfeita”, e aqui união tem sentido duplo de país e sociedade.

O senador
disse que não concorda com muitos comentários do reverendo da mesma
maneira que tinha arrepios com os comentários racistas da avó branca
sobre jovens negros, mas nem por isto romperia com o reverendo, como
não rompeu com a avó.

Nas últimas seis décadas houve enorme progresso na questão racial nos Estados Unidos. O racismo não está morto, mas caminha
para a cova a passos largos.



Com
o país à beira de uma recessão, crescente desemprego, milhares perdendo
casas e pedindo falência, milhões sem seguro de saúde, pilhas de contas
não pagas, gasolina entre US$ 3 e US$ 4 o galão, uma guerra sem
solução, a questão racial não aparece em nenhuma lista das preocupações
dos eleitores.

Hillary se lembra quando o marido, em 1997, anunciou com fanfarra que ia liderar o povo americano “numa conversa nacional
sem precedentes sobre raça".


Repercussão zero, assunto morto.
Enquanto
o brilhante orador Obama faz contorções verbais sobre raça, a senadora
e o republicano McCain se divertem sem abrir a boca. As pesquisas desta
semana vão nos mostrar o impacto do conto do vigário Jeremiah na
campanha de Barack Obama.
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