Rice apela à China que abra o Tibete aos jornalistas e diplomatas
11.04.2008 - 19h02 AFP
A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, fez hoje um apelo à China para que abra o Tibete aos jornalistas e aos diplomatas estrangeiros, admitindo-se preocupada com a “falta de transparência” do regime de Pequim.
“Estamos preocupados com o segredo que envolve tudo (...) da falta de transparência”, afirmou a chefe da diplomacia de Washington durante uma conferência de imprensa conjunta com o sue homólogo alemão, Frank Walter Steinmeier.
Rice defendeu a importância de que os “jornalistas e do pessoal diplomático possam deslocar-se ao Tibete para que haja informações independentes sobre o que se passa”. “Penso que a China prestaria um grande serviço, a ela mesmo e ao povo tibetano, se tivesse uma atitude mais aberta quanto às autoridades culturais e religiosas tibetanas”, sustentou a secretária de Estado dos Estados Unidos, país que tem pressionado o regime chinês a dialogar com o líder espiritual tibetano, o Dalai Lama.
Na última quarta-feira, Rice afirmou que pretende criar um consulado norte-americano no Tibete para poder acompanhar de perto os acontecimentos na região, onde confrontos recentes entre manifestantes pró-Tibete e as autoridades chinesas fizeram várias vítimas. Os dirigentes tibetanos no exílio afirmam que a repressão levada a cabo pelo regime de Pequim já fez pelo menos 150 mortos. A China responsabiliza, por sua vez, as manifestações tibetanas pela morte de 18 civis e dois polícias.
Sublinhando que foi pedido o acesso consular para os diplomatas norte-americanos no Tibete, Rice indicou que Pequim está disposto a permitir “um acesso limitado”, uma proposta que Washington considera “insuficiente”