Vitor mango
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| Assunto: Quem é Jesus para Bento XVI? Sáb Out 20, 2007 1:57 pm | |
| Quem é Jesus para Bento XVI?20.10.2007, Bárbara WongO livro Jesus de Nazaré é o resultado da busca pe ssoal do teólogo alemão, à procura do "rosto do Senhor". Ratzinger (re)descobre o Jesus da fé
É o primeiro livro do cardeal Joseph Ratzinger depois de ter sido escolhido para dirigir os destinos da Igreja Católica como Papa Bento XVI, mas não é o primeiro do teólogo e intelectual alemão que esteve durante anos à frente da Congregação para a Doutrina da Fé - Ratzinger já escreveu mais de 100 livros.
A capa do livro, igual na maior parte dos países europeus, confunde: a letras pequenas vem o nome do teólogo, logo seguido de Bento XVI, no mesmo tipo de letra que o título Jesus de Nazaré. Então, quem é que escreve? O teólogo ou o Papa? Ambos. No prefácio da obra de 456 páginas, Joseph Ratzinger confessa que há muito que desejava escrever sobre Jesus. Começou a fazê-lo no Verão de 2003, antes de ser escolhido para suceder a João Paulo II, um ano mais tarde retomou o projecto. "Depois da minha eleição para a cátedra episcopal de Roma, empreguei todos os momentos livres para levar por diante o livro", conta. O livro acaba por sair, em Abril, no dia do seu 80.º aniversário, na Alemanha, Itália e Polónia. Chega às livrarias portuguesas na próxima terça-feira. Quem é o Jesus de Nazaré que Ratzinger revela? É o Jesus retratado pelos evangelhos de João, Lucas, Marcos e Mateus. É o Jesus que se revela como Filho de Deus. Para o cardeal, os evangelhos que descrevem a vida e os milagres de Jesus são a memória histórica mais próxima da sua figura e, por isso, mais fidedigna. Logo nas primeiras páginas diz que os "progressos da pesquisa histórico-crítica levaram a distinções sempre mais subtis entre os diversos estratos da tradição". Ou seja, as várias investigações que foram sendo feitas acabaram por reflectir, muitas vezes, a imagem que os autores têm de Jesus, continua. Por isso a sua opção pelas escrituras para mostrar o "Jesus real", justifica. Depois da introdução onde explica a metodologia adoptada, Ratzinger escreve sobre o baptismo de Jesus nas águas do Jordão, ou seja, o início da sua actividade pública. Seguem-se as tentações no deserto e aqui Ratzinger aproveita para fazer referência às tentações da humanidade, tecendo críticas ao marxismo, mas também à ajuda ao combate à fome no Terceiro Mundo, onde as estruturas religiosas, morais e sociais foram deixadas de lado. "Está em jogo o primado de Deus. Trata-se de O reconhecer como realidade, uma realidade sem a qual nada mais pode ser bom. Não se pode governar a história com estruturas simplesmente materiais, prescindindo de Deus", defende. O livro centra-se noutros episódios descritos na Bíblia, como o Sermão da Montanha, a oração do Pai-Nosso, as histórias contadas por Jesus, as parábolas; e sobre as afirmações que faz sobre si mesmo. Ratzinger vai afirmando e reafirmando a divindade de Jesus, sem esquecer a sua ligação ao mundo e à história do Povo de Deus. E, nas suas reflexões, escreve também sobre a actualidade. O Papa faz "aplicações pastorais, catequéticas e morais", analisa Carreira das Neves, professor de Teologia da Universidade Católica Portuguesa. "Não é um livro inovador, mas transmite a fé tradicional da Igreja aos cristãos de hoje", avalia Anselmo Borges, teólogo e professor de Filosofia da Universidade de Coimbra. Se o Jesus apresentado é o da fé dos católicos, qual é a novidade? "A novidade está no próprio Papa que faz a sua meditação e a propõe. [E revela] o mesmo Cristo de há dois mil anos, é o Cristo da fé, é a cabeça da Igreja", resume o padre jesuíta José Jacinto Ferreira de Farias que traduziu o livro de Bento XVI para Portugal e o Brasil. Apesar de este ser "um livro muito bonito e bem escrito", Anselmo Borges, bem como Carreira das Neves, põe em causa o método adoptado pelo teólogo alemão. A posição, de se cingir às fontes bíblicas do Antigo e do Novo Testamento é passível de críticas, dizem. "As acções de Jesus foram escritas 20 ou 40 anos depois de terem acontecido, por pessoas que acreditaram na Sua ressurreição. Logo, aquele Jesus não é só o homem histórico, mas o Salvador", explica. Por isso, o que aparece nos evangelhos é "uma mistura entre o Jesus da história e o Jesus da fé", acrescenta. "Ratzinger preferiu optar por um Cristo magestático e esquecer a dinâmica histórica", reforça Anselmo Borges. Jacinto de Farias discorda. "Esta é uma meditação muito pessoal, mas documentada, baseada nos dados que a própria investigação histórica nos oferece", diz, defendendo que no prefácio o autor tem "uma atitude de verdade" ao dizer: "Este livro não é de modo algum um acto de magistério, mas unicamente expressão da minha busca pessoal do "rosto do Senhor". Por isso, cada um tem a liberdade de me contradizer." O Papa espera poder escrever uma segunda parte. Para já, este tem sido um campeão de vendas, nos países onde foi publicado. | |
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ypsi
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Vitor mango
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| Assunto: Re: Quem é Jesus para Bento XVI? Dom Out 21, 2007 10:14 am | |
| eu diria mais Porque Porque e POrque | |
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| Assunto: Re: Quem é Jesus para Bento XVI? | |
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