Cogito, ergo sun
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| Assunto: Jerónimo no seu melhor Dom Abr 27, 2008 2:32 am | |
| SEGUNDO O AVANTE JÁ VIVEMOS NO FASCISMO É uma delícia ler o Avante, no último número o retrato dado do país é o de um país a viver de novo no fascismo. Se não fossem as organizações não governamentais a colocar o país entre os país mais democráticos do mundo ainda ia a correr para a embaixada da Coreia do Norte para pedir asilo político: «A tudo isto e a muito mais que acontece e de que, às vezes, nem sequer temos notícia, a um governo que é o pior e mais autoritário desde 1976 até agora, opõem-se o sobressalto democrático e a resistência popular ao fecho do hospital e da escola, à retirada de trabalho e de salários, ao ataque à vida sindical, à destruição da dignidade humana. Pelo país fora, há trabalhadores, intelectuais e populações que se afirmam e surgem mais atitudes de coragem e de luta.» [ Avante] Como estamos no Avante não podemos de ler as palavras do Messias que desta fez descobriu mais um negócio entre o fascista Sócrates e a maldita Igreja Católica que se esqueceu de protestar contra a pobreza: «Felizmente que o bom-senso prevaleceu. Entre a Igreja e o Governo manteve-se um diálogo discreto. Sócrates correu a Leiria para anunciar que juntava ao mapa das novas regiões turísticas um pólo autónomo para a região de Fátima. Comboios de alta velocidade e modernização das auto-estradas também ficavam garantidas. Foi então que, noutro lugar e a outra hora, a União das Misericórdias anunciou que iria investir milhões de euros no Turismo e nas Energias Renováveis. Os prejuízos serão recompensados.» [ Avante] Mas o Avante não embirra só contra a Igreja, os nossos intelectuais também são uns mentecaptos na opinião de A. Melo de Carvalho: «A análise crítica do desporto nunca constituiu um traço suficientemente marcante entre os nossos intelectuais. Filhos directos de uma cultura que, no mínimo, sempre considerou as coisas do corpo como secundárias, popularuchas e indignas da atenção dos srs. doutores, o desporto foi quase sempre minimizado e o corpo olhado com desconfiança. No máximo, ao longo de séculos, foi considerada coisa demoníaca, para a qual nem o seu próprio habitante devia sequer olhar. E muito menos tocar e sentir, porque originando os maiores males, chegando ao «pecado da carne» como o mal em si.» [ Avante] Já na secção internacional fiquei desiludido, como há três ou quatro semanas Jerónimo de Sousa defendia Mugabe dos que lutavam pela divulgação dos resultados eleitorais, esperava que agora viesse justificar esse atraso, o assalto às sedes da oposição e a importação de armas chineses. Mas Jerónimo não é assim tão parvo, optou pelo silêncio cobarde. O Jumento | |
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