EUA admitem ter realizado ataque na Somália
rebeldes islâmicos
Insurgentes islâmicos lutam contra governo interino
Os militares americanos disseram ter realizado um ataque contra o que descreveram como um grupo ligado à Al-Qaeda na Somália durante a madrugada.
Os americanos não identificaram o alvo, mas um porta-voz da milícia Al-Shabab disse que o comandante do grupo, Aden Hashi Ayro, era o alvo e foi morto durante o ataque.
A casa dele foi bambardeada na cidade de Dusamareb, no centro do país.
Pelo menos outras oito pessoas também morreram no atentado.
O Al-Shabab, considerado um grupo terrorista pelos Estados Unidos, é o braço armado da União das Cortes Islâmicas (UCI), que controlava o centro e o sul do país até o início de 2007, quando foi expulsa por tropas etíopes.
Há indícios, no entanto, de que o grupo ainda domine várias áreas do país.
Os Estados Unidos afirmam que o Al-Shabab faz parte da Al-Qaeda, mas correspondentes dizem que é impossível estabelecer esssa ligação com precisão.
Os líderes do Al-Shabab dizem que o grupo é um movimento puramente local e negam qualquer envolvimento com a Al-Qaeda.
Em seu relatório anual sobre terrorismo publicado na quarta-feira, o governo americano disse que os insurgentes da Al-Shabab junto com os da Al-Qaeda representam, no leste da África, “a mais séria ameaça aos interesses de americanos e seus aliados na região”.
O grupo tem estado na linha de frente da insurgência contra o governo interino que governa a Somália e os aliados etíopes desde o início do ano passado.
Este seria o quarto ataque aéreo realizado por forças americanas na Somália desde janeiro de 2007, quando bombardeiros americanos lançaram vários ataques contra supostos militantes ligados à Al-Qaeda no sul do país