Enviados de Pequim encontram-se com representantes do Dalai Lama em Shenzen

Depois de Hong Kong e Macau, a ilha tropical de Ainão é a mais recente etapa do percurso da chama olímpica, a caminho de Pequim. Uma passagem pelo Sul do território chinês que, em contraste com etapas anteriores, não registou quaisquer distúrbios ou protestos. Entretanto, o Governo tibetano exilado acompanha à distância o encontro entre emissários do Dalai Lama e responsáveis chineses em Shenzen.

Samdhong Rinpoche, primeiro-ministro do Tibete no exílio afirmou que foi "informado sobre a visita dos enviados à China e da eventual interacção com eles sobre a situação no Tibete, e também das alegações que acusam sua santidade de ter planeado os incidentes recentes. Nós estamos a pensar pedir-lhes provas disso", adiantou.

Os encontros entre chineses e tibetanos estão previstos para este domingo e deverão durar dois dias. A agência Nova China confirmou a presença de dirigentes do Partido Comunista no Sul da China para se avistarem com os enviados do Dalai Lama. Alguns observadores afirmam que Pequim acedeu a este encontro para abrandar a onda de críticas por parte da comunidade internacional, a poucos meses do início dos Jogos Olímpicos.