PCP
Adeus Luísa
A direcção do PCP tentou evitar a via disciplinar, mesmo quando, em Santarém, o reclamavam. O partido vai decidir e a expulsão parece irreversível.
Não será a Direcção Regional da Organização de Santarém (DORSA) do PCP que se vai opor à expulsão da deputada Luísa Mesquita. Pelo contrário: por vontade de alguns dos comunistas escalabitanos, a direcção do PCP já deveria ter clarificado a situação: "Houve intervenções nesse sentido por parte de muitos camaradas da organização", disse ao Expresso Octávio Augusto, dirigente da DORSA.
Mas a direcção ia "resistindo à solução disciplinar", acrescenta.
Mesquita estranha que a DORSA tenha transferido a responsabilidade da avaliação do seu caso para o secretariado, quando lhe tinha sido dito que seria a direcção regional a decidir.
Está convencida que a decisão foi tomada antes: "Em Novembro, quando pretenderam calar a minha intervenção no Parlamento e em Santarém e eu não aceitei". E adianta: "Nada acrescentei relativamente a Novembro de 2006, quando me foi retirada a confiança política".
Agora, a irreversibilidade do processo é consensual e tudo aponta para que o secretariado da DORSA proponha ao Comité Central a pena máxima: a expulsão.
Expresso (26-10-2007)