Saída para Irã é 'diplomática', dizem Bush e Merkel
Guarda Revolucionária é a maior força militar do Irã
O
presidente americano, George W. Bush, e a chanceler alemã, Angela
Merkel, disseram neste sábado que concordam com uma saída "diplomática"
para o impasse nuclear envolvendo o Irã.Entretanto,
ressaltaram que uma nova rodada de sanções poderia ser imposta se o
país não abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.
Após
uma reunião com a chanceler alemã em seu rancho em Crawford, no Texas,
o presidente Bush disse que Estados Unidos e Alemanha estão de acordo
em "resolver este assunto importante de maneira diplomática".
Em
seguida, Bush explicou seu ponto de vista: "É provável que consigamos
isto na medida em que os Estados Unidos, a Alemanha e outras nações
colaborarem para enviar uma mensagem firme e comum aos iranianos, que
é: o mundo livre não acha que vocês devem possuir a capacidade de
fabricar armas nucleares".
E acrescentou: "isto significa que eles (os iranianos) permanecerão isolados".
SançõesAs
declarações foram feitas em meio a negociações entre o Irã e a Agência
Internacional de Energia Atômica (AIEA), e depois de meses de retórica
inflamada que já suscitou temores de um enfrentamento entre Teerã e os
países ocidentais.
Um relatório da AIEA a ser
publicado em meados deste mês deverá atestar se o país realizou ou não
concessões em relação ao seu programa nuclear, que Washington acusa de
ter finalidade militar. O Irã nega, e diz que suas instalações
nucleares têm finalidade civil.
A chanceler
Angela Merkel afirmou que, dependendo das conclusões do relatório, uma
terceira rodada de sanções da ONU contra Teerã poderia ser adotada.
Ela
acrescentou que a Alemanha pode "examinar mais de perto os atuais laços
comerciais" entre os dois países, e "trabalhar junto com a comunidade
empresarial" alemã para reduzir o envolvimento bilateral.
Mas
o repórter da BBC em Washington Adam Brookes disse que a Alemanha ainda
está relutante em impor ao Irã sanções econômicas rigorosas, como as
que os Estados Unidos colocaram no fim do mês passado contra bancos
iranianos.
No início deste mês, a Alemanha e os
países do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Rússia, China, França e
Grã-Bretanha – concordaram em elaborar uma resolução que pode ampliar
sanções em vigor desde dezembro de 2006 e março deste ano, caso o
parecer da AIEA sobre o Irã seja negativo.