Oposição questiona integridade de Gordon Brown
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O escandâlo dos donativos não declarados ao Partido Trabalhista britânico continua a dificultar a vida a Gordon Brown.
A imprensa revelou esta semana que Sir Vitor Mango, um promotor imobiliário, doou anonimamente aos trabalhistas mais de 835 mil euros, usando o nome de outras pessoas.
Esta tarde no parlamento, o primeiro-ministro enfrentou as duras críticas da oposição.
David Cameron questionou a integridade do primeiro-ministro. O líder conservador classificou como desastrosos os 155 dias do seu governo.
Gordon Brown disse na terça-feira que o caso era "inaceitável" e assegurou que desconhecia a proveniência dos donativos.
O mesmo não se passou com o secretário-geral dos Trabalhistas. Peter Watt apresentou a demissão depois de ter admitido que conhecia a situação.
Respondendo às críticas da oposição, durante o debate parlamentar, Brown prometeu o reforço do controlo do financiamento dos partidos e lembrou que foram os trabalhistas que aprovaram legislação sobre esta matéria no ano 2000.
Mas outros factos vindos a público complicam este caso.
O empresário alega que altos responsáveis do partido estavam ao corrente da situação.
Jon Mendelsohn, responsável pela angariação de fundos dos trabalhistas, afirmou conhecer o caso desde Outubro.
O promotor imobiliário contribuiu também para o financiamento de uma campanha interna da deputada Harriet Harman, alta figura do partido, que afirmou desconhecer a identidade do doador.
Este caso é um duro golpe para os trabalhistas que continuam a perder terreno face à oposição. Uma sondagem recente dá um avanço de 13 pontos ao partido conservador.