Chamava-se Catarina e suponho que nem nasceu na Russia mas veio do
Oeste e quando viu a merda do marido mandou-o prewnder e a partir daí
tornou-se a maior ninfomaniaca do Universo
Suponho que um medico dela era judeu que vivia em Leiria e foi daqui corrido pelo manel que se queria montar na prima
mas isto são apenas bocas
Vamos á sandes do dia
Cutileiro é para mim um analista exemplar do Expresso
e por esse facto anexo a copy abot
ahhhhh...e outra coisa
Por acaso nao teem por aí uma prima boa ...como dizer boazona como o milho ... é que este paleio abriu-me o apetite
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O artigo segundo do Código Russo, ou instruções mandadas pela
Imperatriz Catarina de todas as Rússias à Comissão estabelecida para
trabalhar na execução do
projecto de um novo código de leis, diz no seu
primeiro parágrafo: "O governo da Rússia é, pela sua constituição, o
domínio de um só. Não há outro poder do que aquele que está reunido na
sua pessoa e só esta, num Império tão extenso, pode agir com a
actividade e a uniformidade necessárias".
A Imperatriz assinou as instruções em Moscovo em 1767, a Comissão
veio a ser dissolvida antes de acabar os trabalhos, desde essa altura
até hoje, através de vários regimes, os ideais iluministas que animavam
Catarina não marcaram muito a prática de governação na Rússia mas numa
coisa a voz do soberano e a voz do povo coincidem hoje como me palpita
que coincidiam há 240 anos: ambas querem que o governo da Rússia seja
do domínio de um só. Mostram-no mais de 60% dos votos no partido Rússia
Unida de Vladimir Putin nas eleições legislativas de domingo passado e
a campanha sem escrúpulos por essa vitória conduzida pelo próprio
Putin. As eleições não foram livres nem limpas. Paladinos corajosos (e
raros) de civismo e democracia foram sufocados, a União Europeia
indignou-se, a Casa Branca pediu publicamente inquérito a suspeitadas
falcatruas - mas o povo tem a barriga cheia pela primeira vez há muitos
anos, vê o Kremlin bater o pé ao estrangeiro em vez de se vergar
perante ele como no tempo de Ieltsin e Gorbatchov e a falta de decência
governativa não incomoda gente que chegue para enfraquecer a vontade
colectiva de manter Putin no poder.
O que vai passar-se a seguir é incerto. Putin não pode concorrer a
terceiro mandato presidencial (em Março) a não ser mudando a
Constituição. Mesmo com maioria parlamentar para tal o gesto faria
lembrar demais déspotas africanos para dar luzimento à figura tutelar
do pai da pátria moscovita. Fica a alternativa de, como primeiro
ministro ou em cargo a inventar, fazer um Salazar, com Carmona de
escolha sua na presidência da república. Só que essas coisas nunca são
seguras: se o Carmona, de repente, resolvesse dar um ar da sua graça?
Em suma, no domingo Putin chegou ao cimo mas a partir de agora tudo se
irá complicar.
No mesmo dia, na Venezuela, Hugo Chávez perdeu o referendo em que
pedia ao povo carta branca para governar a seu bel-prazer a caminho de
poder absoluto e vitalício. Fino como um coral percebeu logo que a
derrota lhe dá oportunidade de reforçar as suas fracas credenciais
democráticas e reconheceu-a imediatamente. Tem ainda quatro anos de
mandato à sua frente com maioria confortável no parlamento. É cedo
demais para o dar por politicamente morto.
Um vencedor e outro vencido nas urnas, Putin e Chávez têm em comum
terem chegado onde chegaram escarranchados em barris de petróleo cada
vez mais caro. O que deveria estimular europeus (e americanos) a
trabalharem mais e melhor para diminuírem a sua dependência de
hidrocarbonetos.
José Cutileiro