Bombeiros iniciam peditório para pagar despesas mensais

Vouzela

Bombeiros iniciam peditório para pagar despesas mensais

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela inicia domingo um peditório às populações do concelho, para tentar resolver os problemas financeiros com que se depara

A corporação está a viver uma crise financeira após ter sido condenada pelo Tribunal de Trabalho de Viseu ao pagamento de 100.453 euros a uma antiga quarteleira da secção de Campia, por horas extra feitas em cerca de sete anos de trabalho.

Como não pagou a indemnização, o Tribunal ordenou a penhora das verbas transferidas para a instituição pela Câmara Municipal de Vouzela, pela Junta de Freguesia de Campia e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

A 13 de Novembro, a direcção dos Bombeiros tinha tido conhecimento de que o Tribunal da Relação de Coimbra concedeu provimento ao recurso que apresentara em Abril, revogando assim a decisão do Tribunal de Viseu, mas logo de seguida a ex-quarteleira apresentou recurso.

O presidente da direcção, Carlos Lobo, disse à Agência Lusa que, ainda que em termos processuais a corporação possa estar em melhor situação, a nível financeiro nada mudou: «A penhora mantém-se e, por isso, continuamos numa situação muito complicada em termos financeiros», afirmou, justificando assim a necessidade do peditório.

«Só para funcionários são mais de quatro mil euros por mês. E depois há a luz, o telefone, o gasóleo... só em gasóleo gastamos mais de dois mil euros» , explicou, frisando que a corporação só tem conseguido sobreviver graças «a uma gestão muito apertada».

O peditório do próximo domingo irá realizar-se na vila de Vouzela e será o primeiro de vários que os bombeiros irão fazer pelas 12 freguesias do concelho.

«Iremos fazendo os peditórios domingo a domingo, sempre que for possível» , disse Carlos Lobo, que acredita na solidariedade dos munícipes.

Segundo Carlos Lobo, «tem havido pessoas a organizar festas, concertos e que fizeram chegar verbas à associação», mas as despesas mensais são elevadas.

A ex-quarteleira alegou em tribunal ter sido «escravizada» durante cerca de sete anos. A direcção argumentou que a mulher, além de receber o seu vencimento mensal, férias e folgas, pela sua disponibilidade teve direito a casa, luz, água, telefone e ainda a explorar um bar dos bombeiros.

Segundo a direcção, a mulher exercia a função na sua casa, com o telefone portátil, «sem ter praticamente que alterar a sua vida diária», e com uma média de serviços registados que não ultrapassava os dois por dia.

No entanto, a decisão do juiz baseou-se no facto de que, como a mulher estava 24 horas por dia no local de trabalho, tinham que lhe ser pagas essas horas.

Lusa / SOL

OO Esquerda escreveu:

Vouzela

Bombeiros iniciam peditório para pagar despesas mensais

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vouzela inicia domingo um peditório às populações do concelho, para tentar resolver os problemas financeiros com que se depara

A corporação está a viver uma crise financeira após ter sido condenada pelo Tribunal de Trabalho de Viseu ao pagamento de 100.453 euros a uma antiga quarteleira da secção de Campia, por horas extra feitas em cerca de sete anos de trabalho.

Como não pagou a indemnização, o Tribunal ordenou a penhora das verbas transferidas para a instituição pela Câmara Municipal de Vouzela, pela Junta de Freguesia de Campia e pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro.

A 13 de Novembro, a direcção dos Bombeiros tinha tido conhecimento de que o Tribunal da Relação de Coimbra concedeu provimento ao recurso que apresentara em Abril, revogando assim a decisão do Tribunal de Viseu, mas logo de seguida a ex-quarteleira apresentou recurso.

O presidente da direcção, Carlos Lobo, disse à Agência Lusa que, ainda que em termos processuais a corporação possa estar em melhor situação, a nível financeiro nada mudou: «A penhora mantém-se e, por isso, continuamos numa situação muito complicada em termos financeiros», afirmou, justificando assim a necessidade do peditório.

«Só para funcionários são mais de quatro mil euros por mês. E depois há a luz, o telefone, o gasóleo... só em gasóleo gastamos mais de dois mil euros» , explicou, frisando que a corporação só tem conseguido sobreviver graças «a uma gestão muito apertada».

O peditório do próximo domingo irá realizar-se na vila de Vouzela e será o primeiro de vários que os bombeiros irão fazer pelas 12 freguesias do concelho.

«Iremos fazendo os peditórios domingo a domingo, sempre que for possível» , disse Carlos Lobo, que acredita na solidariedade dos munícipes.

Segundo Carlos Lobo, «tem havido pessoas a organizar festas, concertos e que fizeram chegar verbas à associação», mas as despesas mensais são elevadas.

A ex-quarteleira alegou em tribunal ter sido «escravizada» durante cerca de sete anos. A direcção argumentou que a mulher, além de receber o seu vencimento mensal, férias e folgas, pela sua disponibilidade teve direito a casa, luz, água, telefone e ainda a explorar um bar dos bombeiros.

Segundo a direcção, a mulher exercia a função na sua casa, com o telefone portátil, «sem ter praticamente que alterar a sua vida diária», e com uma média de serviços registados que não ultrapassava os dois por dia.

No entanto, a decisão do juiz baseou-se no facto de que, como a mulher estava 24 horas por dia no local de trabalho, tinham que lhe ser pagas essas horas.

Lusa / SOL

Isto sim é que é o meu país!!!


Quero voltar para a ilha!!!

E recebe a Câmara 110.000.00€ por 690m² de mato, cala-te