Expressão facial de Bill Clinton traiu-o no caso Mónica Lewinski
Bill Clinton não quis admitir um caso amoroso, mas as suas expressões falaram verdade
O neurocientista Paul Ekman percebeu "logo" que o antigo presidente norte-americano Bill Clinton estava a mentir quando disse, na televisão, que não tinha tido sexo com Monica Lewinski, graças aos seus conhecimentos científicos em micro-expressões faciais.
Ekmam, professor de Psicologia da Universidade da Califórnia (EUA), foi uma das estrelas do 7.º Simpósio da Fundação Bial "Aquém e Além do Cérebro" que decorreu na Casa do Médico, no Porto. Numa intervenção intitulada " Micro-expressões descobrindo emoções ocultas", demonstrou que as micro-expressões (sinais faciais passageiros que podem durar somente alguns décimos de segundo) são um método fiável de expor mentiras. Autor de vários estudos e livros, o investigador estuda a mentira e os seus sinais há três décadas.
Paul Ekman defendeu que ninguém mente sobre tudo, sustentando que as pessoas só o fazem quando acreditam que a verdade pode ser prejudicial, existindo especialistas capazes de descobrir mentiras por meio de discrepâncias entre a voz e o a expressão facial, entre a voz e as palavras, entre as palavras e os gestos. No final da sua intervenção, esperavam-no muitas perguntas relacionadas com a política e os políticos.
O cientista revelou que filma muito os políticos para dar aulas e depois, sobre o episódio que quase arruinava a carreira política de Bill Clinton (a sua relação extra-conjugal), disse que "percebeu logo" que o antigo presidente estava mentir quando negou ter feito sexo com Lewinski.
As investigações e técnicas desenvolvidas por Ekmam são muito solicitadas por organizações policiais como a norte-americana FBI e a inglesa Scotland Yard em áreas como a justiça ou o anti-terrorismo.
No simpósio também foram abordaram temas como premonições, empatia, telepatia e, em geral, as emoções.
jn