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 Egas Moniz visto por João Lobo Antunes

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MensagemAssunto: Egas Moniz visto por João Lobo Antunes   Egas Moniz visto por João Lobo Antunes EmptySáb Out 20, 2007 8:18 am

Egas Moniz visto por João Lobo Antunes



Um médico a escrever sobre outro médico.
João Lobo Antunes, galardoado com o Prémio Pessoa em 1996, está a preparar uma grande biografia sobre o primeiro Nobel português, António Egas Moniz. Ao que apurou o DN, trata-se do trabalho de maior fôlego até hoje concebido sobre o clínico que em 1949 foi galardoado com o Prémio Nobel da Medicina.

"É um projecto que tenho há vários anos", revelou ao DN João Lobo Antunes, que há muito se interessa por Egas Moniz, uma personalidade que continua a ser relativamente desconhecida dos portugueses.

"Foi uma figura fascinante da ciência portuguesa em geral e da neurologia em particular. O meu pai trabalhou com ele. E o professor Almeida Lima, que foi um dos colaboradores mais próximos de Egas Moniz, era meu tio-avô", destaca o neurocirurgião, que já dedicou alguns anos de investigação ao primeiro Nobel português.

Estocolomo galardoou-o por "defender o valor teraupêutico da leucotomia [mais tarde chamada lobotomia] em certas psicoses", como se pode ler na página oficial da Academia Sueca. Um método que viria a suscitar controvérsia a nível internacional, mas que não diminui o interesse pelo legado do mais célebre médico português de todos os tempos.

António Egas Moniz teve uma vida bem preenchida. Nascido em Avanca, concelho de Estarreja, em 1874, formou-se em Medicina na Universidade de Coimbra, em 1899. Em 1911, radicado em Lisboa, passou a leccionar a então recente cadeira de Neurologia. Republicano convicto, foi nomeado embaixador português em Madrid (1917).

Durante o consulado de Sidónio Pais, viria a fundar o Partido Centrista, demarcando-se do republicanismo radical do Partido Democrático de Afonso Costa.

Em 1918, presidiu à delegação portuguesa na conferência de paz em Versalhes, no termo da I Guerra Mundial.

Nove anos mais tarde, concretiza a primeira operação cerebral com sucesso num paciente vivo - considerada uma das maiores proezas clínicas da época. Em 1950, publicou as suas memórias, sob o título A Nossa Casa.

Faleceu em Dezembro de 1955.

"Interesso-me por Egas Moniz também na sua faceta de escritor", adianta ao DN João Lobo Antunes, que foi mandatário nacional da candidatura presidencial de Cavaco Silva em Janeiro de 2006.

Entre as obras de Egas Moniz que já tornou públicas, inclui-se a correspondência entre o Nobel português e Almeida Lima. Embora não haja ainda uma data prevista para a publicação, o manuscrito já se encontra em estado relativamente avançado, segundo apurou o DN.

A editora será a Gradiva. Entre outros títulos, João Lobo Antunes publicou três livros de ensaios - Um Modo de Ser (1996), Numa Cidade Feliz (1999) e Memória de Nova Iorque e Outros Ensaios (2002), também editados pela Gradiva.

DN (20-10-2007)
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