Os milhões da Praça da Figueira
Foi Santana Lopes, dias antes de ser primeiro-ministro, em 2004, que deu luz verde ao pagamento de 3,5 milhões à Bragaparques
Nos últimos dias à frente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), em 2004, prestes a ser primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes autorizou o pagamento indevido de 3,5 milhões de euros ao grupo Bragaparques, pelo arranjo de superficie da Praça da Figueira – uma obra que era da responsabilidade contratual da empresa, após a construção do parque de estacionamento subterrâneo.
A obra e o pagamento – feito à Comporest, a empresa do grupo Bragaparques que construiu o parque – assumiram contornos pouco claros.
Desde, então, o caso tem estado no centro de uma grande polémica, com trocas de acusações públicas entre os três presidentes da CML envolvidos – João Soares, Santana Lopes e Carmona Rodrigues – e ainda a Bragaparques (propriedade de Domingos Névoa).
O SOL consultou todos os processos camarários e judiciais relativos a este caso e descobriu factos novos, que põem em causa o que os ex-autarcas têm afirmado (ver página ao lado).
A verdadeira história do parque da Praça da Figueira está cheia de irregularidades, de omissões na fiscalização dos serviços camarários e de decisões questionáveis.
Culminou tudo no pagamento de 3,5 milhões à Bragaparques, por um projecto de requalificação que, além de não competir à CML pagar, foi por esta orçado em apenas 689 mil euros.
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