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 EP - Estradas de Portugal - S.A.

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 3:00 am

Voltando ao tema Arrow

EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 Falcatruafm1

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 3:03 am

falcatrua SAO OS impostos QUE ESTES fdp DESTES POLITICOS extirpam AO povo!!
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 4:06 am

RONALDO ALMEIDA escreveu:
falcatrua SAO OS impostos QUE ESTES fdp DESTES POLITICOS extirpam AO povo!!

Mais um comentário repleto de conteudo Suspect
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 4:09 am

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 8:11 am

Almerindo Marques (RTP),
vai ser o presidente da ESTRADAS P., nomeado pelo governo.

Se alguem tinha dúvidas sobre o negócio subjacente, tire-as.

É a "cooperação estratégica" Sócrates+Cavaco a engordar mais uns quantos "cooperadores".
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Anarca
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 8:38 am

A vida é assim...

Vota PS...
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Anarca
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 8:41 am

A vida é assim...

Vota PSD...

Vota CDS

O teu voto dá de mamar a muitos...
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Vitor mango

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 16, 2007 9:12 am

Anarca escreveu:
A vida é assim...

Vota PSD...

Vota CDS

O teu voto dá de mamar a muitos...

cuidado é ka dose


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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySáb Nov 17, 2007 3:27 am

Citação :
MERCADO DITA SALÁRIO A RECEBER

Por desempenhar um cargo executivo na Estradas de Portugal SA, Almerindo Marques poderá ter um salário mensal na ordem dos 40 mil euros. Este foi o valor médio mensal das remunerações pagas em 2005 aos administradores executivos da Brisa, empresa da mesma área. Segundo o novo Estatuto do Gestor Público, Almerindo Marques tem uma remuneração constituída por “uma componente fixa e uma componente variável”. E estas são determinadas “em função da complexidade, exigência e responsabilidade inerentes às respectivas funções e atendendo às práticas normais de mercado no respectivo sector de actividade”.

CM

O resto da noticia é palha.


Mas agora pergunto eu?

O que é que o Almerindo come, para poder vir a ter um vencimento destes Question
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trocatretas

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySáb Nov 17, 2007 10:00 am

Almerindo come o que o governo lhe dá...

Deve é deixar cair... muito...mesmo muito do tacho.
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySáb Nov 17, 2007 10:07 am

trocatretas escreveu:
Almerindo come o que o governo lhe dá...

Deve é deixar cair... muito...mesmo muito do tacho.

Nun entendi Exclamation
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySáb Nov 17, 2007 10:18 am

VAMOS VENDER tudo do ESTADO!!!! Vamos ver se esses srs. vao ganhar 40 000/mes no sector privado.............
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySáb Nov 17, 2007 10:20 am

MAS, ATENCAO; Oque for vendido ,volta a origem=O POVO. Divide-se a massa pelos 10 400 000 habitantes. DIRETAMENTE. Nem um centavo para os POLITICOS OU PARA MAIS GASTOS!!
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 2:48 am

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 2:50 am

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 2:51 am

primeiro devia ter saneado a RTP!!! Que se nao fossem os milhoes que o ESTADO la poe e os milhoes que o POVO e obrigado a pagar , queira ou nao, veja ou nao, GOELA ABAIXO...................
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jps

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 4:22 am

Eu acabei de descobrir porque é que o Almerindo sai da RTP e vai para a EP.

Segundo o meu conselheiro para a politica interna aquilo funciona assim......

««««Leiam o que diz o artigo do Honório Novo««««««««««

Depois pensem.....justamente por não ser possivel justificar toda a negociata, o governo pela mão do feiticeiro Socrates desferiu mais um golpe de magia.......Como?....Muito simples....o Almerindo, se bem me lembro, foi nomeado para a RTP pelo governo do Barroso ou do Santana, logo, mesmo que o Menezes ou o outro aprendiz de feiticeiro Santana quisessem "atacar" esta nomeação não podiam pois afinal embora seja um homem da area do PS, ele recolhe os favores da area da direita.

Dai que o Menezes teve que fazer um pouco de ginástica para criticar a negociata, mas salvaguardando as qualidades do Almerindo.........

Conclusão este Socrático é um génio......quer a gente goste ou não.....
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Vitor mango

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 4:26 am

quando eu era novato nisto ...tinha um director que dizia

P***s ????...Só profissionais
lol!
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySeg Nov 19, 2007 10:15 am

Quem tera o proximo tacho na RTP e missao de continuar a enganar o POVO?
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptyTer Nov 20, 2007 5:04 am

Um bom negócio vale sempre uma mentira

Sócrates, não contente em imitar Barroso, decidiu mesmo imitar Santana Lopes e voltámos ao tempo das trapalhadas. E tudo porquê? Porque um bom negócio vale sempre uma mentira ou até mesmo uma trapalhada.
Durão Barroso confessou, sobre a guerra do Iraque, que "houve informações que me foram dadas, a mim e a outros, que não corresponderam à verdade" (entrevista ao DN, 18/11/2007).

Depois de Blair, Bush e Aznar, Barroso reconfirma o que já se sabia: que os pretextos para a invasão do Iraque e a guerra assentaram nas mais descaradas mentiras. Não falou, no entanto, das desgraças causadas, não pediu desculpa ao povo do Iraque e ao mundo inteiro. Para ele, desde que se esteja com a administração norte-americana está tudo bem. Também não referiu o que já é publicamente indesmentível, que a administração Bush já tinha decidido invadir o Iraque um ano antes.

E falta sobretudo a conclusão que a guerra foi decidida em grande parte por causa do petróleo. Um bom negócio vale sempre uma mentira.

E é aqui que Sócrates se aproxima de Barroso. Depois de ter assinado um decreto-lei onde é expressamente referido que a concessão das estradas portuguesas à empresa Estradas de Portugal S.A. "expira às 24 horas do dia 31 de Dezembro de 2099", o primeiro-ministro negou a evidência, em pleno debate no plenário da Assembleia da República. Mas Sócrates foi ainda mais longe, acusou o deputado Francisco Louçã de: passar "por cima de factos para que os factos não atrapalhem uma boa história". Afinal, os factos eram claros e a mentira também.

Os factos só precisavam de ser negados para que não ficasse evidente um bom negócio, o negócio das estradas que Louçã denunciara.

Posteriormente o Governo aprovou uma resolução, onde a concessão é restringida para 75 anos. Os juristas são unânimes em considerar que a resolução é ilegal, porque vai contra um decreto-lei. Ambos são do Governo que primeiro decidiu uma coisa e depois outra. Porquê? Para sustentar a mentira do primeiro-ministro, tudo o indica, e também para que o negócio afinal vá para a frente, sem mais problemas.

Sócrates, não contente em imitar Barroso, decidiu mesmo imitar Santana Lopes e voltámos ao tempo das trapalhadas. E tudo porquê? Porque um bom negócio vale sempre uma mentira ou até mesmo uma trapalhada.

De facto, o negócio é espantoso e chorudo.

O Estado cria uma empresa a quem vai dar a concessão das estradas portuguesas, no decreto-lei até 1999, na resolução por 75 anos. Para que a empresa tenha receitas é-lhe dado um imposto. As Estradas de Portugal serão uma sociedade anónima, mas para que não fique totalmente claro o negócio, não será para já privatizada. Mas só com esse objectivo se compreende que seja uma sociedade anónima. E durante 75 ou 92 anos teremos uma empresa, que amanhã será privatizada, que fará a gestão de todas as estradas portuguesas, que tem receitas garantidas e poderá ainda criar outras, e que claro garantirá sempre lucro aos seus accionistas. Bens públicos, serviço público, que se lixem... Um bom negócio vale tudo isso.

Uma política assim precisa ser contestada e combatida. A greve geral da função pública anunciada para o fim deste mês, merece todo o apoio.

Carlos Santos (Editorial do jornal Esquerda nº. 24)
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptyTer Nov 20, 2007 10:01 am

Para as esquerdas, o NEGOCIO so e bom se for DO ESTADO!!! So gostam de INVESTIMENTOS PUBLICOS, os EMPRESARIOS sao todos vigaristas e bandidos!!! Querem que os OUTROS paguem ainda mais IMPOSTOS!!!! SANTA BARBARIDADE!!!
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptyQua Nov 21, 2007 5:04 am

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptyQua Nov 21, 2007 1:31 pm

DISCUTEM, porque sao ESTADO-DEPENDENTES!!! PRIVATIZEM essa merd-!!!
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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 23, 2007 5:07 am

Nova direcção da EP toma hoje posse

Toma hoje posse a nova equipa directiva da Estradas de Portugal (EP) liderada por Almerindo Marques, que foi ontem anunciada. Além do até agora presidente da RTP, fazem parte da equipa o vice-presidente Eduardo Gomes, que era assessor da Rave, e como vogais Gonçalo Reis, saído também da televisão pública, José Diogo Madeira (um dos fundadores do Jornal de Negócios) e Rui Dinis, que já era quadro da EP.

Os novos responsáveis estarão em funções no período entre 2007 e 2009, substituindo a anterior equipa, liderada por António Laranjo, que tinha sete elementos, face aos cinco agora nomeados. Em comunicado, o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações adiantou que os novos órgãos sociais foram eleitos ontem em assembleia geral da EP, depois de na passada sexta-feira a tutela ter anunciado a escolha de Almerindo Marques para presidente da empresa.

As alterações na EP foram precipitadas por um relatório do Tribunal de Contas que classificava como "preocupante" a situação da empresa. Por outro lado, com a nova concessão geral da rede rodoviária nacional atribuída à EP, definida pelo contrato de concessão de 75 anos que já foi aprovada em Conselho de Ministros, a tutela resolveu renovar a equipa que comandava os destinos da empresa.

O Estado decidiu ontem aprovar as grandes linhas de actuação da empresa que passam por "assegurar a sustentabilidade financeira da EP" e "promover a extensão da rede viária nacional prevista no PRN [plano rodoviário nacional]". Além disso, a nova equipa terá que "contratualizar a rede viária fundamental de ligação às capitais de distrito e 90% da rede de auto-estradas" e assegurar o cumprimento dos calendários de execução do PRN. A EP irá agora assinar um contrato de gestão com o Estado, à imagem do que fez a TAP, por exemplo.

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MensagemAssunto: Re: EP - Estradas de Portugal - S.A.   EP - Estradas de Portugal - S.A. - Página 2 EmptySex Nov 23, 2007 5:45 am

E.P., extraordinárias no prelo?

O Governo nunca perdeu nenhuma oportunidade para perder a oportunidade de explicar o OE para 2008. E, em particular de explicar a Estradas de Portugal, SA (EP, SA), que permanece um mistério.

Porquê? Não sei, mas o nevoeiro levanta a dúvida e legitima a especulação. Li dezenas de artigos, entrevistas; li ainda, com aquela dificuldade dos economistas, a lei que cria a EP, SA, o comunicado do Conselho de Ministros... e tirei as conclusões (possíveis). Erros meus ou má fortuna, mas, juntando as peças, agora parece-me um pouco mais claro.

A discussão do OE resumiu-se a: Sócrates ataca forte com 2005; Santana atrapalhado contra-ataca com 2004; o primeiro argumenta com 2003; Santana ataca, sem convicção, com 2001. Ficaram-se por aqui e não chegaram a D. Carlos e a 1891 - cessação de pagamentos de Portugal - porque não houve tempo (graças a Deus!). Sócrates ganhou a discussão sobre o passado; o povo pedia sangue e os jornalistas queriam parangonas. Ficou-se por um não debate, tanto mais surpreendente quanto o Governo tinha não só os votos para uma vitória assegurada, como se apresentava no Parlamento com resultados orçamentais excelentes. Não responder durante o debate foi estranhíssimo.

No caso da EP, SA talvez a ambiguidade seja propositada; aliás, só pode ser. Pelo que leio e penso, a história poderá ser pouco dignificante.

Os argumentos fundamentais para as EP passarem a ser SA (sociedade anónima) são a maior flexibilidade e a maior eficiência. Esta não pega, pois o que agora se pode fazer já o era possível com a EPE (entidade pública empresarial).

A desorçamentação não pode ter lugar, porque o INE e o Eurostat não o permitirão, nem me parece que esse seja o desejo do Governo, pelo menos para já. A privatização foi (apenas) afastada nos próximos dois anos, sublinhe-se.

Como é que a EP, SA vai viver? Com basicamente quatro tipos de financiamento: receitas da contribuição do serviço rodoviário (CSR); dívida não avalizada pelo Estado (reiteradamente dito); receitas das portagens e receitas de concessões e subconcessões. O resto são amendoins.

Primeiro, neste caso, a consignação de um imposto - CSR - é particularmente grave, pois faz-se uma consignação ao abrigo de um contrato com uma sociedade anónima que pode vir a ser privatizada. Introduz-se uma rigidez orçamental do lado das receitas que vem adicionar à bem conhecida rigidez do lado da despesa. Já agora, uma pergunta ingénua: têm a certeza que os carros daqui a 75 anos andam a gasolina? Segundo, a EP, SA irá financiar-se junto da banca em substituição do Estado, o que implica, necessariamente, um custo significativamente maior. Obras públicas que não sejam financiadas por Obrigações do Tesouro implicam sempre custos (juros) acrescidos a serem pagos por todos nós: será o dobro? Mais 50%?...1)

A terceira via de financiamento são as portagens. Estas, para os próximos anos, implicam portajar as Scut, que o Governo já disse que sim (e que não) várias vezes, embora nada tenha acontecido. Mas, caso o venha a fazer, deve render uns 100 milhões, o que é manifestamente insuficiente para as necessidades: só as Scut custarão uns 700 milhões por ano e por muitos anos.

Restam as concessões e aí está a questão. No próximo ano parece vir a existir um encaixe de uns 350 milhões com as concessões do Douro Litoral e da Grande Lisboa à Brisa e Mota Engil, respectivamente.

Mas muito mais preocupante, de acordo com um outro jornal 2), é que está em estudo o prolongamento das actuais concessões da Brisa, Mota Engil e Ferrovial. Tal nunca foi assumido, mas também nunca foi desmentido, que eu tenha conhecimento. Este encaixe do prolongamento das concessões dos actuais (cerca) de 20 para os 75 anos daria para pagar as novas estradas e pagar as Scut nos próximos dois ou três anos. 3)

Mas, a acontecer, o grave é que estamos em presença de receitas extraordinárias puras e duras, embora intermediadas pela EP, SA, mas apenas isso.

Este cenário bate certo, desde logo, com a necessidade de o período da concessão ter de ser muito dilatado, não podendo ser de 25 anos, por exemplo. Bate certo com o desejo de consolidação das contas da EP, SA com as contas públicas (para uns dois ou três anos); bate certo com a não privatização imediata da empresa (para os próximos dois ou três anos); bate certo com as declarações de Paulo Campos, secretário de Estado dos Transportes: a gestão vai ser feita por "profissionais muito eficazes na gestão de contratos, portanto, engenheiros, gestores financeiros e gestores justamente de contratos". 4) E quando, em política, se fala de "solidariedade intergeracional", geralmente significa "vamos gastar hoje e alguém no futuro que pague".

Tudo bate certo, tudo parece apontar para receitas extraordinárias disfarçadas por uma sociedade anónima cujo único accionista é o Estado e que com ele consolida. Vamos pagar o que gastamos hoje com receitas que só existirão daqui a 50 anos?

E daqui a uns três anos? Bom, a essência das receitas extraordinárias é que daqui a três anos esse mesmo problema financeiro ressurge aumentado e amplificado.

Todos nós pensávamos que as receitas extraordinárias tinham morrido com Durão-Santana. Será que afinal a sua morte foi enormemente exagerada? Ou não será assim? Apesar de tudo, espero (desejo) que tal não venha a acontecer.

Infelizmente há muitas variantes para o simples cenário atrás descrito de receitas extraordinárias disfarçadas, o que pode dificultar o escrutínio público. E a oposição, nesta como noutras, ficou a ver passar o comboio, quando se discutia a rede rodoviária. Quando se discutir a rede do TGV, vai ficar a ver passar os carros, imagino.

1) Iguais observações se aplicam a uma extensão dos prazos contratuais das Scut.

2) Leia-se, por exemplo, o Sol do último fim-de-semana.

3) Note-se que a taxa de desconto utilizada pelos privados neste negócio de prolongamento dos contratos vai, naturalmente, ser elevada, porque o risco é grande, pelo que a observação atrás feita sobre os custos desnecessários do financiamento das obras públicas se mantém ou mesmo se agrava.

4) Leia-se o Diário Económico de 13 de Novembro.


Luís Campos e Cunha
Professor universitário
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