E depois manda bocas ao GOVERNO?????????
ACHO QUE DEVIA INSCREVER-SE NO P.S.!!
Cavaco elogia reformas profundas em 'portunhol'
No último dia de visita oficial ao Chile, Aníbal Cavaco Silva resolveu fazer elogios às reformas que têm sido empreendidas em Portugal em vários sectores.
Após um pequeno-almoço empresarial luso-chileno na sede de uma associação em Santiago do Chile, o Presidente da República sustentou que "os portugueses são os pioneiros da globalização, por isso aceitam as exigências da globalização.
Isso implica a realização de profundas reformas no nosso País. Na economia é o que está a ser feito actualmente".
Depois disto, Cavaco foi directo ao assunto, ao afirmar que "as autoridades portuguesas estão a avançar com reformas profundas na Administração Pública, na Justiça, na Segurança Social e em muitos outros domínios".
Mais, o Presidente disse mesmo que estão a ser feitas "inovaciones", ou inovações, "muito fortes". Esta foi a estreia do PR no uso do "portunhol", no dia a seguir a ter dito, com graça, a seguir ao encontro com Michelle Bachelet, Presidente chilena, que não iria recorrer na ocasião àquela forma de linguagem.
Nos encontros mais oficiais preferiu sempre falar sempre em português, só transigindo para dizer sempre "cumbre", em vez de cimeira.
Embalado, no encontro empresarial da Sofofa, a tal associação chilena, Cavaco Silva disse que "a estrutura da economia portuguesa está a "cambiar" muito rapidamente. Os têxteis e o calçado já não são os principais produtos de exportação portuguesa".
Segundo o Presidente, "são os 'coches', com a grande fábrica Ford/Volkswagen, uma das mais modernas da Europa, instalada em Portugal". De seguida, Cavaco atirou para a plateia de empresários chilenos: "as máquinas e os equipamentos são os principais produtos de exportação de Portugal".
Em termos de negócios, e depois de Henrique Granadeiro (PT) ter dito que o mercado chileno de telecomunicações é muito concorrencial (e dominado pela Telefónica) e de Luís Nazaré (CTT) ter dito que não tinha vindo firmar parcerias, mas sim acordos de "assistência técnica" para o desenvolvimento de redes para o controle de qualidade, ontem foram noticiados algumas boas notícias.
A Efacec, dirigida pelo ex-ministro Luís Filipe Pereira, garantiu que até ao fim do ano prevê gerar um volume de negócios no Chile de sete a dez milhões de dólares, com apenas quatro pessoas a trabalhar. Entretanto, ontem foram publicadas duas entrevistas de Cavaco Silva a jornais chilenos.
No El Mercúrio, o grande diário de Santiago, o PR volta a insistir na tecla de que os estados da América Latina deveriam olhar para o exemplo da UE.
Mas deixa ainda uma ideia mista de confiança e prudência em relação à ratificação do Tratado de Lisboa: "Embora esteja confiante quanto ao desfecho das ratificações que agora vão ter lugar, de acordo com as disposições constitucionais de cada Estado membro, o seu resultado não pode nem deve ser antecipado.
O objectivo de ter o Tratado em vigor em 2009, designadamente antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu, é exigente, mas é, em meu entender exequível".
DN - 09-11-2007