Manuel Alegre reúne-se com militantes socialistas

Lisboa, 08 Fev (Lusa) - O deputado Manuel Alegre reúne-se sábado com militantes socialistas que apoiaram a sua candidatura às últimas presidenciais para uma "reflexão comum" sobre a situação do país com o propósito de criar uma corrente de opinião no partido.

A reunião está prevista para as 14:30, depois de um almoço num hotel de Lisboa, e deverá contar "com mais de cem" militantes de "todos os distritos e ilhas", alguns dos quais mandatários da candidatura presidencial de Alegre nos distritos, segundo fonte da organização.

Alegre, que já esclareceu que não quer formar um novo partido e negou que estivesse a ser pressionado nesse sentido, escreveu no seu "site" na Internet que o único objectivo da reunião é "uma reflexão comum sobre a situação do PS e do país" tendo em vista contribuir "para uma eventual corrente de opinião socialista".

Em entrevista hoje no jornal Público, Manuel Alegre afirma que já não se revê "neste PS", mas defendeu que é possível uma mudança feita "por dentro".

Apesar de reconhecer algumas reformas ao PS e ao Governo de José Sócrates, como a lei da paridade e a lei que despenalizou o aborto, Manuel Alegre questiona-se se as reformas na saúde e segurança social não serão antes "contra-reformas", defendendo que cabe aos socialistas construírem alternativas.

Manuel Alegre candidatou-se às presidenciais de 2005 como independente impulsionado por um movimento que veio a designar-se MIC - Movimento Intervenção e Cidadania.

Foi o segundo mais votado, com 20,7 por cento dos votos, a seguir a Cavaco Silva, enquanto o candidato oficial do PS, Mário Soares, ficou com 14, 3 por cento dos votos.

Hoje, Alegre diz não encarar esse resultado como "uma trela" já que a votação foi para uma finalidade específica, defendendo que existe é uma responsabilidade dos socialistas na construção de alternativas.

Antes da substituição de Correia de Campos na pasta da Saúde, o deputado considerou a política do governo neste sector "estapafúrdia" e "um erro colossal" e subscreveu uma petição em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

No Parlamento, Alegre votou recentemente contra a sua bancada, primeiro abstendo-se na votação da lei eleitoral autárquica do PS e do PSD e, na quinta-feira, na votação de quatro propostas para um referendo ao tratado europeu, chumbadas pelo seu partido.

SF.

Lusa/fim

Se calhar foi-lhes oferecer um POEMA!!! dESDE 1974, NOSA VARIOS tachos PARTIDARIOS E do estado , o sr. POETA ALEGRE, ja custou MILHOES ao POVO e ao ERARIO PUBLICO. milhoes de euros!!! LASTIMAVEL!!! Para quem nunca produzio 1kg de batatas!! Mas ja bebeu MUITOS MILHARES DE LITROS do BOM SCOTCH!!

RONALDO ALMEIDA escreveu:

Se calhar foi-lhes oferecer um POEMA!!! dESDE 1974, NOSA VARIOS tachos PARTIDARIOS E do estado , o sr. POETA ALEGRE, ja custou MILHOES ao POVO e ao ERARIO PUBLICO. milhoes de euros!!! LASTIMAVEL!!! Para quem nunca produzio 1kg de batatas!! Mas ja bebeu MUITOS MILHARES DE LITROS do BOM SCOTCH!!

E o homem alguma vez disse que era agricultor

isso e verdade!!! Mas se vivesse da poesia, ESTAVA A DORMIR DEBAIXO DE UM VIADUTO!!

ricardonunes escreveu:

Manuel Alegre reúne-se com militantes socialistas para "reflexão comum" sobre nova tendência no partido

Lisboa, 08 Fev (Lusa) - O deputado Manuel Alegre reúne-se sábado com militantes socialistas que apoiaram a sua candidatura às últimas presidenciais para uma "reflexão comum" sobre a situação do país com o propósito de criar uma corrente de opinião no partido.

A reunião está prevista para as 14:30, depois de um almoço num hotel de Lisboa, e deverá contar "com mais de cem" militantes de "todos os distritos e ilhas", alguns dos quais mandatários da candidatura presidencial de Alegre nos distritos, segundo fonte da organização.

Alegre, que já esclareceu que não quer formar um novo partido e negou que estivesse a ser pressionado nesse sentido, escreveu no seu "site" na Internet que o único objectivo da reunião é "uma reflexão comum sobre a situação do PS e do país" tendo em vista contribuir "para uma eventual corrente de opinião socialista".

Em entrevista hoje no jornal Público, Manuel Alegre afirma que já não se revê "neste PS", mas defendeu que é possível uma mudança feita "por dentro".

Apesar de reconhecer algumas reformas ao PS e ao Governo de José Sócrates, como a lei da paridade e a lei que despenalizou o aborto, Manuel Alegre questiona-se se as reformas na saúde e segurança social não serão antes "contra-reformas", defendendo que cabe aos socialistas construírem alternativas.

Manuel Alegre candidatou-se às presidenciais de 2005 como independente impulsionado por um movimento que veio a designar-se MIC - Movimento Intervenção e Cidadania.

Foi o segundo mais votado, com 20,7 por cento dos votos, a seguir a Cavaco Silva, enquanto o candidato oficial do PS, Mário Soares, ficou com 14, 3 por cento dos votos.

Hoje, Alegre diz não encarar esse resultado como "uma trela" já que a votação foi para uma finalidade específica, defendendo que existe é uma responsabilidade dos socialistas na construção de alternativas.

Antes da substituição de Correia de Campos na pasta da Saúde, o deputado considerou a política do governo neste sector "estapafúrdia" e "um erro colossal" e subscreveu uma petição em defesa do Serviço Nacional de Saúde.

No Parlamento, Alegre votou recentemente contra a sua bancada, primeiro abstendo-se na votação da lei eleitoral autárquica do PS e do PSD e, na quinta-feira, na votação de quatro propostas para um referendo ao tratado europeu, chumbadas pelo seu partido.

SF.

Lusa/fim

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COIMBRA entra no meio

RONALDO ALMEIDA escreveu:

isso e verdade!!! Mas se vivesse da poesia, ESTAVA A DORMIR DEBAIXO DE UM VIADUTO!!

Dispenso o tipo de leitura, mas existem bem piores, e levam uma vida folgada

ricardonunes escreveu:

RONALDO ALMEIDA escreveu:

isso e verdade!!! Mas se vivesse da poesia, ESTAVA A DORMIR DEBAIXO DE UM VIADUTO!!

Dispenso o tipo de leitura, mas existem bem piores, e levam uma vida folgada

a vida folgada dele DEVE-SE A politica!!! Dos outros , so se ja eram ricos!!! Um poeta , morre a fome em PORTUGAL!!! tANBEM DISPENSO ESSE tipo de LEITURA!!!! Prefiro uma boa DESGARRADA. iSSO SIM , sao poetas. dO povo!!!

TOUCHE!!!!!!!!

Vitor mango escreveu:

RONALDO ALMEIDA escreveu:

TOUCHE!!!!!!!!

mANO ron
eu VOTEI ALEGRE
SABE PORQUE ?
porque ACHO QUE NENHUM PARTIDO TEM QUE ME APONTAR O DEDO E DIZER

os MENINOS VAO TODOS VOTAR NO cABACO

levaram manguito

se O MANEL FIZER UM PARTIDO LEVA MANGUITA

Mas parece-me que o Manel é mais astuto, e assim "poem" (não sabia que assento devia pôr) ordem no partido

MANUEL ALEGRE E DA ESQUERDA QUE JA NAO SE USA!!!

PORTUGAL, ja esta a andar para traz, a caminho de MARROCOS, COM O PINOCRATES, com o POETA ALEGRE, ,CHEGA A marrocos, VIRA A ESUQERDA e vao para a ARGELIA!!! ALEGRE, ja tem idade para se REFORMAR e ir gozar o resto dos dias, com a FAMILIA!!!

Vitalino Canas desvaloriza avisos de Alegre

O porta-voz do PS desvalorizou, este sábado, os avisos de Manuel Alegre que disse para não o desafiarem para congressos ou eleições de secretaria, caso contrário, iria às urnas mas no «país». Vitalino Canas considerou que a acção do deputado se faz «dentro do PS, pelo que é «bem-vinda».

( 22:47 / 09 de Fevereiro 08 )

O PS desvalorizou hoje os avisos de Manuel Alegre depois deste ter dito para não o desafiarem para congressos ou eleições de secretaria, caso contrário, iria às urnas mas - sublinhou - no «país».

Em declarações à TSF, o porta-voz do PS, Vitalino Canas, considerou que a acção do deputado socialista se faz «dentro do PS, sublinhando que tal é «bem-vinda».

Vitalino Canas referia-se à corrente de pensamento que Alegre está a criar dentro do PS.

«Nós verificamos com agrado que o deputado Manuel Alegre pretende manter-se dentro do PS; portanto, esta ideia de criar uma corrente de opinião dentro do partido enquadra-se bem naquilo que é a pluralidade interna do PS», disse.

«Aquilo que o deputado Manuel Alegre pretende, na sua perspectiva, é fazer evoluir o PS e discutir internamente dentro do PS. Isso é importante, logo, bem-vindo», acrescentou.


TSF

Na U.E.,ja nao ha lugar PARA socialismos RETROGADOS do PASSADO!!!

Alegre impõe tendência própria nas fileiras do PS

Manuel Alegre almoçou ontem, num hotel de Lisboa, com mais de três centenas de militantes do PS e deu os primeiros passos para a formação de uma tendência política autónoma dentro do partido.

"A nossa aposta é num movimento de opinião pública que se reflicta dentro do partido", disse Alegre no intervalo da reunião que decorreu durante a tarde.

A "corrente de opinião", como também lhe chamou, foi justificada desta forma aos seus apoiantes, na reunião que decorreu à porta fechada: "Ninguém sozinho pode fazer nada e a nossa força, a capacidade eleitoral que tivemos, serve para mudar o PS, não para obter representatividade no aparelho, mas na opinião pública e no País."

A crise no PS foi o alvo central no seu discurso, com o antigo candidato nas eleições presidenciais de 2006 a denunciar um autêntico "bloco central de interesses". Alegre garantiu que existe uma espécie de "neo-rotativismo entre dois partidos [PS e PSD] que, sendo diferentes, estão cada vez mais iguais. O partido começa e acaba no Governo", disse a dada altura.

Sublinhando que a reunião de ontem "não é um comício", Alegre sublinhou que o encontro tinha "grande significado político". E passou a explicar: "Desde as presidenciais é a mais importante que fazemos e temos aqui representantes de todos os distritos do País e das regiões autónomas."

Numa análise à actual situação política, o deputado do PS disse aos seus apoiantes que esta "é uma hora triste para a pátria e para o nosso país". Manuel Alegre classificou de "um escândalo" e "uma vergonha" os rendimentos dos gestores públicos, afirmou que "há muita precariedade, o que mina a confianças nos políticos" e ainda considerou que "Portugal tem a mais alta taxa de desemprego" da Europa.

Ida às urnas, só no País

"Se me desafiam para combates dessa natureza respondo: vou às urnas, mas no País. Mas evitem essa situação, para bem do PS, porque penso que há outras maneiras de resolver as coisas, há maneiras de reformar o partido e de refrescar a democracia", disse Alegre no intervalo, respondendo à questão sobre se a sua corrente de opinião poderia ir a votos num em congresso.

Lá dentro, tinha sido mais incisivo ainda, ao afirmar: "A mim não me desafiem para ir a congressos, os únicos votos a que concorro é no País. E já me desafiaram uma vez." Foi com este tom que Alegre interviu perante uma plateia com centenas de apoiantes, com as palavras mais doces a serem dirigidas a um histórico do PS. "Queria fazer uma saudação especial ao Edmundo Pedro", afirmou o vice-presidente da Assembleia da República.

Na reunião estiveram ainda Manuela Neto, Nuno David, Manuel Pina, Pedro Tito de Morais, Jorge Martins, entre outros. A todos, Alegre garantiu que "há um recuo geral e global da esquerda", que se deve em grande parte "à capitulação dos partidos socialistas e sociais-democratas". Puxando pelas suas raízes ideológicas, o deputado defendeu que "este capitalismo é uma imoralidade" e desafiou todos a combater "o avanço do neoliberalismo".

DN

Manuel Alegre prepara convenção da esquerda



Alegre vai convidar a direcção do PS, o PCP e o Bloco de Esquerda.

Refundar a esquerda com o PS e fora do PS "até onde isto for possível". O homem que no passado fim-de-semana lançou, sem piedade, um desafio à nomenklatura socrática ("Se me desafiam para congressos irei às urnas no país") vai convidar os dirigentes socialistas para uma espécie de "congresso da esquerda" que decidiu organizar extra-muros do partido. Além do PS, também o PCP e o Bloco de Esquerda serão desafiados a aparecer na grande convenção sobre o estado da esquerda. E, claro, serão convidados cidadãos independentes.

Manuel Alegre está imparável no seu objectivo de travar dentro e fora do Partido Socialista, "um intenso combate político e ideológico", como disse na semana passada: vai lançar uma publicação on-line chamada "Opinião Socialista", está a ser convidado por várias estruturas do partido para debates e a sua corrente de opinião começará a discutir os temas críticos da Educação, Serviço Nacional de Saúde, Justiça e Desertificação. Tudo isto desembocará na grande reunião transpartidária para procurar "alternativas" - um encontro que ainda não tem data, mas quer ser uma espécie de grande congresso da esquerda, um pouco ao estilo do "Congresso Portugal que futuro" que em 1994 Mário Soares promoveu para combater Cavaco Silva, então primeiro-ministro.

Na época, Soares estava convencido da incapacidade do PS dirigido por António Guterres, para liderar a oposição ao Governo Cavaco. Agora, é Manuel Alegre que está convencido da incapacidade do actual PS e da liderança de José Sócrates para corporizar a esquerda.

O desafio de Alegre é significativo da força que considera ter: "Não me desafiem para eleições de secretariados ou para congressos. Se me desafiam para combates desta natureza, eu respondo: irei às urnas no país". Ou, noutra versão: "Não me desafiem para coisas perigosas (...) Fomos lá uma vez e eles perderam".

Se a tendência maioritária entre os alegristas não aponta para a cisão, é o próprio Alegre que diz que a coabitação entre o PS oficial e a tendência que quer "refundar a esquerda" irá "até onde isto for possível". Para já, pensa que ainda "há outras maneiras de resolver as coisas, de reformar o partido". "Eu ajudei a fazer o Partido Socialista, eu também sou o Partido Socialista, mas tudo tem um limite. E quero crer que isso é possível, mas só a história dirá se vai ser possível ou não."

Face à (re)emergência do fenómeno Alegre, em que paira o fantasma da dissidência e o risco do PS perder a maioria absoluta nas próximas eleições, o PS "socrático" decidiu-se por uma nova abordagem ao "caso". Agora, o discurso oficial passa por evitar toda e qualquer hostilização de Alegre e tentar tudo por tudo para que este possa invocar um pretexto para sair do partido e criar uma nova formação partidária que, concorrendo às próximas legislativas, tire a maioria absoluta a Sócrates.

No PS parlamentar, vários deputados representam o "socratismo" oficial puro e duro. Um deles é Renato Sampaio, líder de uma das mais influentes estruturas do PS, a do Porto. Ao DN, Sampaio exclui em absoluto a hipótese de Alegre não voltar em 2009 a ser colocado nas listas de candidatos a deputados. "Tem todas as condições para ser candidato. No PS não se penaliza ninguém por delito de opinião", diz.

O deputado manifesta-se descrente no cenário da criação de um novo partido: "Não há espaço" e um novo partido poderia arriscar um resultado humilhante. "À esquerda do PS, o PCP e o Bloco de Esquerda ocupam tudo. Essa hipótese não me parece viável". Outro ferrenho "socrático" é José Lello, que foi dos primeiros a integrar o restrito núcleo duro que levou Sócrates à liderança."Ele [Manuel Alegre] tem um estilo e se não fosse assim não seria Manuel Alegre. Está a assumir as suas responsabilidades no debate interno no PS e vai a jogo. Esse debate apaixonou o país [no congresso de 2004 que elegeu Sócrates] e esse património não se pode perder", disse Lello ao DN.

Tal como Renato Sampaio - e usando quase as mesmas palavras - José Lello recusa a hipótese de o ex-candidato presidencial não ser incluido nas listas de deputados: "Não há delitos de opinião no PS." Também diz não acreditar na hipótese do novo partido. "Ele disse que jamais sairia". Segundo Lello, Alegre "perderia notoriedade" se saísse do PS: "Olhe, veja o caso da Helena Roseta."

dn

APRENDER A ESTAR MORTO


Manuel Maria Carrilho

O reformismo português encontra-se numa encruzilhada: isto é verdade, tanto em relação ao País e ao Governo, como no que se refere ao sistema partidário. Nesta encruzilhada, o que todos os dados indicam é que os portugueses sentem que o País está melhor mas não basta, que o Governo se renovou mas não chega, e que os partidos se agitam mas não mexem.

Não admira, assim, o eco que as palavras de Manuel Alegre encontraram nos últimos tempos. Elas põem a descoberto uma situação que, para a democracia, é grave: a descredibilização e a vacuidade partidárias, cobertas por uma retórica tão oca e redonda que já ninguém ouve.

É bom lembrar, contudo, que o problema não é de hoje. Ele vem bem de trás, mas complicou-se entre os anos 80 e 90, quando, identificando as insuficiências dos partidos que lideravam, Cavaco Silva primeiro e António Guterres depois optaram não pela sua qualificação interna (já então difícil), mas pelo recurso a elites de independentes para conseguir a massa crítica de que precisavam para governar.

Por compreensível que, nas circunstâncias, fosse esta opção, ela teve consequências perversas. Foi o que viu no PS, onde a integração orgânica dos "estados gerais", que podia ter sido o começo da sua revitalização interna, acabou torpedeada à nascença por quem queria evitar que isso acontecesse.

Tratou-se uma oportunidade rara que, se tivesse sido agarrada, teria provavelmente dado a maioria absoluta ao PS em 1999 - e a história teria sido outra!... Assim, foi-se tudo arrastando, como se se tratasse, na inspirada fórmula de Calvino no seu Palomar, de "aprender a estar morto", ou seja, resignado com a decepção de estar sempre igual a si próprio, num estado definitivo que nada possa alterar.

Como mudar isto? Só vejo um caminho - o de se assumir o que se receita ao País, isto é, reformar-se a si próprio. É esse, a meu ver, o desafio que o PS deve assumir sem esquivas, até porque só ele pode abrir o debate ideológico que mais tem sido recalcado, e que se impõe fazer: que socialismo, que esquerda podem justificar uma actividade partidária no século XXI? Porque este é o ponto, o resto é conversa.

Debates?

Antes, anuncia-se o que se vai dizer. Depois, não se pergunta nada que não se saiba já que se vai perguntar, e não se responde nada que não se antecipe logo que se vai responder. Tudo depende cada vez mais do contexto e da forma, tudo se reduz assim à habilidade e à inspiração do momento. Só não se percebe porque é que se chama a isto. "debates parlamentares".

Maio/68

São já vários os balanços que começam a marcar os 40 anos do Maio de 68. Como aspecto mais incontroverso, aparece o gigantesco salto que ele representou, a todos os títulos, na emancipação humana (individual, familiar, social). Como traço mais polémico, surge a sua herança no que respeita à educação, com destaque para dois pontos - a prevalência da motivação sobre o trabalho, e o bloqueio dos factores da aprendizagem pela "divinização" da juventude. O tema promete, como se pode ver pelo confronto, nas páginas do Nouvel Observateur, entre Luc Ferry e Daniel Cohn-Bendit.

ARCO em português

Dez anos depois, a ARCO de Madrid volta a fazer-se em português. Em 1998, com a discreta e inexcedível competência de Fernando Calhau, então à frente do entretanto extinto Instituto de Arte Contemporânea, Portugal foi o país convidado, e teve uma presença de reconhecido sucesso. Este ano é a vez do Brasil, e a oportunidade foi aproveitada pelo seu ministro da Cultura, Gilberto Gil, para sublinhar as responsabilidades do Estado na promoção e na internacionalização da arte brasileira: "O ministério da cultura vem participar na ARCO porque é nossa função fazer a intermediação entre a criação e o mercado."

dn

MANUEL ALEGRE, nao e HOMEM, para largar o TACHO do P.S. e SAIR do P.S.!!! E muito bom$$$$$$$ ser PAGO PELO ESTADO, como #2 da ASS.DA REPUBLICA !!! E prestigioso!!

EU QUERO SER ELEITO!!!!!!!!!!!!!!!

https://www.youtube.com/watch?v=NawhWb8Uu5E

Xô Esquerda escreveu:

APRENDER A ESTAR MORTO


Manuel Maria Carrilho

O reformismo português encontra-se numa encruzilhada: isto é verdade, tanto em relação ao País e ao Governo, como no que se refere ao sistema partidário. Nesta encruzilhada, o que todos os dados indicam é que os portugueses sentem que o País está melhor mas não basta, que o Governo se renovou mas não chega, e que os partidos se agitam mas não mexem.

Não admira, assim, o eco que as palavras de Manuel Alegre encontraram nos últimos tempos. Elas põem a descoberto uma situação que, para a democracia, é grave: a descredibilização e a vacuidade partidárias, cobertas por uma retórica tão oca e redonda que já ninguém ouve.

É bom lembrar, contudo, que o problema não é de hoje. Ele vem bem de trás, mas complicou-se entre os anos 80 e 90, quando, identificando as insuficiências dos partidos que lideravam, Cavaco Silva primeiro e António Guterres depois optaram não pela sua qualificação interna (já então difícil), mas pelo recurso a elites de independentes para conseguir a massa crítica de que precisavam para governar.

Por compreensível que, nas circunstâncias, fosse esta opção, ela teve consequências perversas. Foi o que viu no PS, onde a integração orgânica dos "estados gerais", que podia ter sido o começo da sua revitalização interna, acabou torpedeada à nascença por quem queria evitar que isso acontecesse.

Tratou-se uma oportunidade rara que, se tivesse sido agarrada, teria provavelmente dado a maioria absoluta ao PS em 1999 - e a história teria sido outra!... Assim, foi-se tudo arrastando, como se se tratasse, na inspirada fórmula de Calvino no seu Palomar, de "aprender a estar morto", ou seja, resignado com a decepção de estar sempre igual a si próprio, num estado definitivo que nada possa alterar.

Como mudar isto? Só vejo um caminho - o de se assumir o que se receita ao País, isto é, reformar-se a si próprio. É esse, a meu ver, o desafio que o PS deve assumir sem esquivas, até porque só ele pode abrir o debate ideológico que mais tem sido recalcado, e que se impõe fazer: que socialismo, que esquerda podem justificar uma actividade partidária no século XXI? Porque este é o ponto, o resto é conversa.

Debates?

Antes, anuncia-se o que se vai dizer. Depois, não se pergunta nada que não se saiba já que se vai perguntar, e não se responde nada que não se antecipe logo que se vai responder. Tudo depende cada vez mais do contexto e da forma, tudo se reduz assim à habilidade e à inspiração do momento. Só não se percebe porque é que se chama a isto. "debates parlamentares".

Maio/68

São já vários os balanços que começam a marcar os 40 anos do Maio de 68. Como aspecto mais incontroverso, aparece o gigantesco salto que ele representou, a todos os títulos, na emancipação humana (individual, familiar, social). Como traço mais polémico, surge a sua herança no que respeita à educação, com destaque para dois pontos - a prevalência da motivação sobre o trabalho, e o bloqueio dos factores da aprendizagem pela "divinização" da juventude. O tema promete, como se pode ver pelo confronto, nas páginas do Nouvel Observateur, entre Luc Ferry e Daniel Cohn-Bendit.

ARCO em português

Dez anos depois, a ARCO de Madrid volta a fazer-se em português. Em 1998, com a discreta e inexcedível competência de Fernando Calhau, então à frente do entretanto extinto Instituto de Arte Contemporânea, Portugal foi o país convidado, e teve uma presença de reconhecido sucesso. Este ano é a vez do Brasil, e a oportunidade foi aproveitada pelo seu ministro da Cultura, Gilberto Gil, para sublinhar as responsabilidades do Estado na promoção e na internacionalização da arte brasileira: "O ministério da cultura vem participar na ARCO porque é nossa função fazer a intermediação entre a criação e o mercado."

dn

este carrilho E UM DOS MAIS REPELENTES E IDIOTICOS POLITICOS PORTUGUESES!!!