Óbitos: Causas de quase 13 mil ficaram por esclarecer
Quase 13 mil pessoas morreram, em 2005, em Portugal, sem que os médicos conseguissem determinar a causa da sua morte, tendo-se apenas em metade dos casos procurado esclarecer os motivos que levaram aos óbitos, através de autópsias, noticia hoje o Público.
Os dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) indicam que, de um total de 12.767 mortos por «sinais, sintomas e afecções mal definidas», ou seja, por causa desconhecida, apenas 6802 foram autopsiados.
As restantes seis mil pessoas que constituíram a diferença foram enterradas sem ficar esclarecido o motivo por que morreram. O número de mortes por causa indeterminada em 2005 (11,9% de um total de cerca de 105 mil óbitos) aumentou comparativamente aos anos anteriores que foram alvo de análise estatística.
De acordo com os elementos recolhidos pela DGS, o número de mortes por causa desconhecida, em que não houve tempo de fazer um diagnóstico, foi de 10.032 em 2002, aumentando para 10.889 em 2003. Depois de uma ligeira descida para 9827 em 2004, voltou a aumentar para perto de 13 mil no ano seguinte, o último sobre o qual existem dados disponíveis.