O sórdido casal que raptava jovens virgens
No espaço de 13 anos foram violadas e mortas sete raparigas
Michel Fourniret e Monique Olivier formam um casal sórdido: ele prometeu matar o primeiro marido dela e ela, em troca, arranjar jovens virgens para ele violar e assassinar. A primeira parte do pacto não foi cumprida, a segunda sim, levando à morte de um total de sete raparigas na Bélgica e em França. O seu julgamento começa hoje em Charleville.
Fourniret, de 66 anos, é acusado de sete homicídios e violações, todos cometidos entre 1987 e 2001. Apelidado de "Ogre das Ardenas", em referência à sua terra natal , Fourniret só foi apanhado há cinco anos, quando uma rapariga de 13 anos fugiu da sua carrinha na Bélgica.
Olivier, de 59 anos, é acusada de participar num dos homicídios e de cumplicidade com outros quatro. A mulher do assassino em série admitiu que ajudava o marido a raptar jovens virgens fazendo-se passar por uma forasteira que precisava de indicações ou por mãe de um bebé doente à procura de um médico.
O casal conheceu-se na cadeia, fruto de um anúncio num jornal, tendo feito o tal pacto, em 1987, quando Fourniret terminou de cumprir pena de prisão por violação. O assassino, que confessou os sete crimes, tinha sofrido um trauma quando descobriu, nos anos 60, que a mulher com quem casara não era virgem. E passou, então, a ter uma vida dupla.
Olivier prometeu que o compensaria se matasse o pai dos seus dois filhos e seu primeiro marido. Fourniret, que já tinha quatro filhos, segundo informações da AFP, prometeu mas não cumpriu . Mesmo assim o pacto seguiu em frente.
No último mês de 1987, Olivier, que ainda não casara com Fourniret, parou a sua carrinha e pediu indicações a Isabelle Laville, de 17 anos, tendo a rapariga entrado na viatura. Foi violada e morta, segundo o testemunho da cúmplice do assassino, mas o corpo nunca foi encontrado.
Noutra das suas confissões, ontem referidas no jornal Independent, Olivier era, por vezes, obrigada a assistir às violações através de um espelho que havia numa das salas do palácio que o casal tinha na fronteira entre a Bélgica e a França.
Até à detenção de Fourniret, lembra aquele diário britânico, as polícias belga e francesa tratavam todos os crimes em separado e alguns deles até tinham sido encerrados.
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Tanta gente maluca que anda por aí