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 "Declaração unilateral de independência do Kosovo

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2 participantes
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Vitor mango

Vitor mango


Mensagens : 4711
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"Declaração unilateral de independência do Kosovo Empty
MensagemAssunto: "Declaração unilateral de independência do Kosovo   "Declaração unilateral de independência do Kosovo EmptySáb Mar 29, 2008 2:10 am

"Declaração unilateral de independência do Kosovo é muito anormal"





"[No Kosovo] devemos ser cuidadosos, principalmente quando se reconhece que não há soluções óptimas"





Em entrevista realizada no decurso da
visita oficial a Moçambique, que será hoje emitida pela 'Antena 1', o
presidente da República explica por que não abordou publicamente no
país a questão do acordo ortográfico. E afirma que "não se resolvem as
dificuldades do mundo com pedidos de desculpa". Na relação de Portugal
com as antigas colónias, Cavaco prefere acções concretas de cooperação.



JN/Antena 1 | Não seria normal, no
colóquio sobre o Português como língua global, que promoveu nesta
visita a Moçambique, pôr em cima da mesa a questão do acordo
ortográfico? Por que não o fez?




Cavaco Silva| Porque há divisão de poderes em Portugal. O
Governo propõe à Assembleia, a qual vai em breve discutir o acordo
ortográfico, que depois chegará ao presidente da República para
promulgação. Não queria de alguma forma aparecer a pressionar as
autoridades moçambicanas para que ratificassem o acordo.



Quase que deu o argumentário para isso...

Tive uma conversa com o presidente [Armando] Guebuza, a quem contei o
que se passara na reunião que mantive com o presidente Lula, já que a
decisão do Governo ocorreu quando estava no Brasil. Quando uma
televisão moçambicana me questionou, disse que os ajustamentos
ortográficos não impedem que autocarro seja autocarro em Lisboa e
machimbombo aqui [em Moçambique] ou ónibus no Brasil. Encare-se esse
ajustamento como interesse estratégico para o conjunto dos países,
tendo em vista facilitar a afirmação internacional da nossa língua. O
acordo ortográfico é objecto de alguma controvérsia. Quero ainda deixar
que a divergência que existe entre alguns especialistas se manifeste e
depois, quando o diploma chegar à minha mão, tomarei em conta, como é
óbvio, o interesse estratégico da projecção da língua portuguesa.



O que lhe parecem as alterações introduzidas pelo acordo ortográfico? Acha que se vai sentir confortável com elas?

Acho que sim. Não me choca nada escrever baptista ou óptimo sem p. Já
me sentiria pouco confortável se em lugar de facto tivesse de dizer
fato. Mas continuaremos a dizer facto.



Passados quase 34 anos de democracia, acha, como presidente da
República, que Portugal pode estar relativamente confortável com o seu
papel na História?


De alguma forma, sim. Olhemos mesmo à guerra colonial, que marcou
Portugal e a sua relação com as antigas colónias. A intensidade da
cooperação que existe hoje é a prova de que os povos foram capazes de
sarar as feridas. Poucos povos poderiam conseguir esse resultado,
apesar de tudo num período relativamente curto. É a particularidade da
nossa colonização, que foi diferente. É óbvio que a guerra se prolongou
demasiado tempo, mas hoje sinto que quando falamos em amizade não é
apenas expressão de retórica. Tenho relações fáceis com todos os
líderes africanos. Eles reconhecem que no meu tempo de
primeiro-ministro prestei uma atenção particular à cooperação com os
países africanos de expressão portuguesa e me empenhei fortemente na
paz. Sei que em Angola se referem a mim como pessoa da paz. Todos
gostaríamos de que a qualidade da democracia fosse melhor, mas o
caminho faz-se caminhado.



Não há, então, necessidade de retractação de Portugal? Vários países o têm feito...

Não partilho essa visão da história, que é feita pelos homens, com
virtudes e defeitos. Nós olhamo- -la com os olhos do nosso tempo.
Encontramos coisas que nos incomodam, mas também coisas que nos
satisfazem. Não se resolvem as dificuldades do mundo com pedidos de
desculpa. A minha amizade para com Moçambique ou o meu desejo de ajudar
os moçambicanos a vencer a pobreza não seriam diferentes só por fazer
um pedido de desculpas. Prefiro coisas concretas.



Também é comandante supremo das Forças Armadas. Há tropas
portuguesas espalhadas pelo mundo. Claro que as situações são
diferentes, mas pergunto-lhe qual a que o preocupa mais?


O Afeganistão. Apesar de saber que neste momento o batalhão português
no Kosovo está na linha de separação entre a comunidade kosovar e a
sérvia. O Afeganistão é uma zona de grande preocupação.



O Kosovo também é uma zona de preocupação, porque a comunidade
internacional e Portugal ainda não se decidiram sobre o que fazer. O
senhor presidente tem algumas reservas...


Uma declaração unilateral de independência é algo muito anormal. Não
está previsto no Direito internacional, embora se possa pensar que o
Kosovo é um caso especial. Perante um caso anormal - sem esquecer que
temos 300 soldados no Kosovo - devemos ser cuidadosos, principalmente
quando se reconhece que não existem soluções óptimas. É preciso pensar
muito bem e ter cuidado, para descobrir a menos má. Mas este ainda não
é o momento para fazer declarações definitivas sobre essa questão, até
porque é uma competência do Governo, que quanto a mim está a conduzir
correctamente o assunto, em contacto com o Parlamento e, como é óbvio,
com o presidente, que tem competências em matéria de representação da
República portuguesa.
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trocatretas

trocatretas


Mensagens : 308
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Idade : 68

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MensagemAssunto: Re: "Declaração unilateral de independência do Kosovo   "Declaração unilateral de independência do Kosovo EmptySáb Mar 29, 2008 3:26 am

Tropa portuguesa fora do Kosovo.

Até o Cavaco vê o desrespeito pelas regras internacionais.

É o crime de Estado. A lei da força a imperar.
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"Declaração unilateral de independência do Kosovo
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