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 "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot

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MensagemAssunto: "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot   "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot EmptySáb Nov 17, 2007 10:12 am

Jaddish Bhagwatti, professor na Universidade de Columbia
"Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão"


O economista de origem indiana, de visita a Lisboa para receber um doutoramento honoris causa pela Universidade Nova, considera que o dólar só vai parar de cair quando a Administração americana começar a cortar a sério no défice. Até lá não há nada que a Europa possa fazer para travar o euro.



Como podem os pequenos países como Portugal lidar com a globalização?

Podem sempre competir. Paul Krugman disse uma vez que concorrência nacional não é como a competição pessoal. Se os salários são altos ou baixos é possível ajustar as taxas de câmbio. Por isso, a nível nacional é sempre possível competir.

Mas nós em Portugal já não temos moeda própria. Esse tem sido um dos problemas.

É uma boa questão. Na zona euro há apenas uma moeda e por isso é que há alguns países, como a França, que se queixam constantemente. Isso é uma consequência da falta de harmonização. Muitos economistas vêem vantagens na moeda única, como o meu colega Robert Mundell, mas a desvantagem é que se perde a capacidade de usar as taxas de câmbio. Por isso, dentro da Europa há um problema.

Mas essa questão é particularmente preocupante quando, por exemplo, a China tem uma moeda demasiado baixa.

A China tem uma taxa de câmbio fixa e acha que isso é bom para si e para o Mundo. Eu não acredito. Se os chineses continuarem a acumular excedentes vai ser um problema porque não vai ser possível concorrer com eles de forma eficaz através da taxa de câmbio. Mas eu acredito que vão começar a valorizar a sua moeda.

Acha mesmo que vão fazê-lo? Quando?

No limite podem gastar as reservas que têm uma taxa de retorno bastante baixa com obrigações do Tesouro dos EUA. Ao mesmo tempo, têm uma enorme necessidade de infra-estruturas.

Devem investir no seu próprio país em vez de em activos estrangeiros?

Sim. Em educação e infra-estruturas que é um problema gigante em países como a China ou a Índia. Isto pode ter um grande efeito no valor de mercado destas economias. As infra-estruturas são muito importantes e isso só é possível porque há crescimento. Em 1991, na Índia, quando começaram as reformas, ninguém se preocupava com infra-estruturas porque não havia mercadorias para transportar. Agora toda a gente fala disso. É o mesmo que digo para África. Primeiro, devem crescer e só depois preocupar-se com estas questões. Antes de usar ajudas ao continente africano para infra-estruturas é melhor tentar sincronizá-las com o crescimento e garantir que a procura está lá. Não se deve aumentar a ajuda para níveis muito elevados, como Jeffrey Sachs defende. Quando se triplica ou quadriplica a ajuda num ano e depois volta a cair é contraproducente. E, além disso, o sector da construção é um dos mais corruptos em todo o Mundo. Mas, a Índia e a China têm experiência e competência para investir dinheiro em infra-estruturas e vão chegar à conclusão de que ter taxas de câmbio baixas não será muito bom no final. Será uma coisa que se irá corrigir por si só mas que, entretanto, está a levar ao proteccionismo nos EUA neste momento.

E qual é o papel do euro em todo este cenário?

É um problema. Sarkozy tem razão ao dizer que este nível do euro não é viável.

Ao menos o barril de petróleo fica mais barato para os europeus.

Pois, o preço do petróleo não tem tanto a ver com a oferta e procura e mais com o mercado cambial. Houve a crise do "subprime" nos EUA, Ben Bernanke teve que baixar as taxas de juro e as pessoas fugiram do dólar e foram para as mercadorias. Por isso, os preços das mercadorias aumentaram em dólares. Ou seja, tudo valorizou em relação ao dólar. E o problema do euro é esse. Alan Greenspan foi demasiado complacente e agora já é tarde.

Manteve as taxas de juro baixas demasiado tempo?

Sim, mas o problema está aqui agora e não há nada a fazer, excepto tentar gerir a situação o melhor possível. É muito difícil Bernanke fazer alguma coisa além de baixar as taxas de juro para tentar ajudar a economia americana. O segundo factor importante por detrás da queda do dólar é o enorme défice orçamental dos EUA. Mesmo que se diga que, em termos históricos, não é muito elevado. Isso não interessa. Talvez no final do século XIX fosse maior mas isso nada tem a ver com o que se passa agora. E principal problema é a guerra no Iraque.

Foi um erro em sua opinião?

Houve dois erros com a guerra no Iraque. O primeiro foi achar que o conflito durava um mês e financiá-lo por fora do orçamento. Ao mesmo tempo, a administração Bush pensava que esta despesa poderia ser positiva para a economia e funcionar como um estímulo temporário. O segundo erro foi pensarem que, depois de lá estarem, tomariam conta do país. Como se os EUA fosse uma potência colonizadora ao estilo do XVIII. Pensavam que tomavam conta da indústria petrolífera e aumentavam a produção.

Não foi nada disso que aconteceu?

Não, o que aconteceu foi precisamente o oposto. Houve sabotagens contínuas à produção de petróleo e os preços continuaram a subir. E no caso do financiamento o principal erro foi não aumentar os impostos. Todas as guerras têm que ter impostos adicionais. Foi a única vez que não aconteceu.

A administração Bush até tinha cortado impostos no início do primeiro mandato.

Sim. Isto levou a um dólar mais fraco. Pensavam que dólar e os EUA eram tão fortes que isto nunca seria uma Argentina ou algo semelhante. Esqueceram-se da lição dos tempos de Nixon, quando a dívida externa americana era enorme e o dólar era convertível em ouro. Nessa altura, também se pensava que o dólar era tão forte que as pessoas iriam querer mantê-los. Mas um dia, a confiança desapareceu. Acho que é isso que está a acontecer agora. É um problema que só se consegue resolver através da política orçamental. Nos próximos 18 meses, não vejo como se pode inverter. Têm que haver alterações de fundo na política monetária e orçamental. E não se vêem. Não se pode simplesmente mandar embora. É preciso tomar medidas para que o mercado reaja.

A Europa está impotente perante isso?

É uma situação difícil para a Europa.

É um risco para o crescimento europeu?

Sim, as indústrias exportadoras têm razões para estar preocupados com a actual situação. É aquilo que chama muitas vezes a doença holandesa que acontece em países que descobrem petróleo ou como aconteceu com a Holanda no século XVII com o ouro e de repente a moeda valoriza e não conseguem exportar. Há por isso razões para ficar preocupado mas é algo que não se consegue resolver só falando. O mais importante é atacar o problema do défice orçamental norte-americano. Neste aspecto acredito nos Democratas - eu sou um democrata - porque não estou a ver o actual presidente a fazê-lo. O pai dele perdeu as eleições por ter aumentado os impostos depois de ter dito que não o fazia com a frase "read my lips".

Quem acha que será o próximo presidente?

Não sei. Penso que é ainda muito cedo. Falta um ano e tudo pode acontecer em política. Veja-se o que aconteceu em Espanha com os atentados de Madrid. Neste momento, os democratas parecem bem posicionados para ganhar. Mas tudo é possível. Até porque ninguém sabe o que vai acontecer no Iraque.

Os EUA correm o risco de uma recessão?

É mais uma preocupação. A descida dos juros foi uma tentativa de evitar isso. É um dilema. Tentar que a economia não caia e ao mesmo tempo continuar a atrair capitais.

A crise do "subprime" já acabou?

Não, de maneira nenhuma. Já alterou muitas realidades na economia. Há quem tenha de vender casas por um quinto do seu valor, mas há os restantes que compram essas casas beneficiando bastante a sua situação patrimonial. Temos de fazer contas a essas duas realidades. À dos que perdem e à dos que ganham. É verdade que os receios de uma recessão podem agravar o clima económico, de forma talvez exagerada. Os investidores retraem-se e os consumidores também. Mas hoje nos EUA há mais pessoas a comprar casas porque os preços caíram. Tudo é dinâmico. Por isso, acredito que as hipóteses sobre uma recessão nos EUA são 50/50. Entretanto não nos podemos esquecer que as exportações europeias para os EUA se tornaram mais difíceis com o euro cada vez mais caro. Para o mundo não é bom viver nesta volatilidade. Sob o ponto de vista dos indicadores fundamentais, a economia dos EUA continuará a ser a grande economia e o dólar a grande moeda. Trichet vai pensar melhor sobre o que deve fazer. E não sei que mais poderá fazer, além de baixar as taxas de juro.

Quer dizer que o BCE não pode aumentar taxas?

Se fizer isso, afectará a economia real, mas vai atrair capital. O euro ficará mais forte e não sei para quê. A direcção certa será descer taxas. Exige coordenação. É uma questão clássica, que em tempos ficou famosa pelo conselho dado pelo consultor de um dos ex-presidentes americanos: os europeus tratam das taxas de juro deles e nós, americanos, tratamos das nossas.

A globalização tende a criar salários globais?

Na realidade, a integração internacional dos mercados implica a globalização dos salários e da oferta de mão-de-obra. Isso faz com que os trabalhadores mais especializados, com um maior e melhor nível de formação técnica e tecnológica, possam auferir salários mais elevados a nível global, quase em todos os continentes. Para o segmento de topo das categorias profissionais, as grandes empresas não vão pagar menos pelos melhores quadros. Essa é uma das consequências da profissionalização global ou, melhor, da integração internacional das classes profissionais. Por exemplo, é sabido que durante os últimos tempos, na Índia alguns profissionais aumentaram bastante o seu nível salarial.

Os sindicatos têm mais poder? Principalmente em países de grande crescimento no mundo globalizado, como a Índia, que desempenha um importante papel tecnológico.

Sim, são muito poderosos. O que ajuda a perceber a situação complicada a que ficam remetidos os trabalhadores com menos habilitações e fracas especializações. A evolução natural das remunerações adequadas a grandes classes profissionais tende a uniformizar-se, ou pelo menos, a aproximar-se os valores que são pagos em Lisboa, Bruxelas ou Berlim, criando padrões internacionais. Esse é um dos papéis dos sindicatos. Quadros de topo, professores de áreas valorizadas, médicos ou engenheiros, dificilmente vão ver os seus salários em queda.

Acredita na virtude do "outsourcing" de serviços para países distantes dos mercados clientes?

Sei que o desenvolvimento da informática em Bangalore tem exigido que os serviços de manutenções de muitas marcas sejam assegurados pela via telefónica, mas não sei até que ponto é que vão conseguir responder a um grande crescimento nas respectivas necessidades de atendimento telefónico. Se pensarmos que isso exigirá um serviço mais completo, então torna-se difícil que os clientes o possam obter.

Nesta questão do "outsourcing", na realidade, os mais idosos, com baixa formação, serão sempre os mais frágeis. É uma evidência incontornável. Por isso, torna-se quase um imperativo político a aposta na formação, que é a maior riqueza da nossa sociedade. Só assim se salvaguarda a competitividade dos trabalhadores, das empresas, das regiões e dos países. Nos mercados mais pobres, os trabalhadores com melhor formação vão beneficiar da globalização, pois, aos poucos, os seus salários tendem a ser ajustados em alta, conquistando assim um nível de rendimentos melhorado.

A deslocalização das multinacionais é uma fatalidade?

A competição entre as empresas é cada vez mais agressiva e ameaçadora. E os mercados de capitais estão mais integrados, tendo cada vez maior mobilidade. Como as multinacionais operam onde há oportunidades e onde há mais flexibilidade e mobilidade laboral, as suas estratégias tentam identificar zonas geográficas e países que lhes permitam desenvolver vantagens comparativas. Qualquer grupo industrial não pode ignorar um local que ofereça melhores condições - tal como nenhum trabalhador conseguirá ter uma vida verdadeiramente feliz, ignorando o terror de ser substituído por um profissional melhor qualificado e mais barato.

Na realidade, é imprevisível vaticinar quem vai ganhar a corrida nos grandes mercados. Hoje é uma empresa e amanhã outra. Hoje um país e amanhã outro. As empresas têm de ser competitivas. Quando estão perante leis laborais como as alemãs, muitas das grandes empresas preferem investir no estrangeiro. Todas as empresas têm de ser bastante flexíveis - sei que há medidas que não são simpáticas nem politicamente correctas, mas é uma evidência que hoje as empresas têm de tomar decisões pouco agradáveis e ser capazes de despedir trabalhadores. Se não o conseguem fazer correm o risco de se tornarem menos eficientes e perderem a grande corrida internacional. As empresas têm de estar preparadas para isso e também para, mais tarde, voltarem a contratar os mesmos trabalhadores que dispensaram meses antes. É por isso que a França e a Alemanha investem no estrangeiro. Pela mesma razão, as suas empresas tornaram-se muito eficientes. Por terem essa flexibilidade.

(continua no post abaixo)

Expresso - 17-11-2007


Última edição por em Sáb Nov 17, 2007 10:17 am, editado 3 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot   "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot EmptySáb Nov 17, 2007 10:13 am

(continuação)

É preciso facilitar os despedimentos?

Não digo que se despeçam as pessoas como quem lida com matérias-primas que entraram em desuso. Mas é preciso enfrentar essas decisões desagradáveis. No meio desta competição global, os trabalhadores com especialização são menos permeáveis a estes problemas. Há classes profissionais que tendem a ser valorizadas pela evolução natural da sociedade, como os nichos profissionais que viram aumentar a sua procura apenas devido a alterações demográficas.

Uma delas é a dos cirurgiões plásticos ou dos radiologistas, que tiveram grande valorização na trajectória óptima da transição global devido a uma maior procura por parte de uma população que tem envelhecido bastante. Até os radiologistas tiveram que enfrentar mudanças técnicas e tecnológicas, o que valoriza os especialistas formados em mercados asiáticos, que auferem remunerações inferiores às praticadas nos EUA.

O mais curioso, é que alguns hospitais dos EUA estão a recorrer a serviços de radiologistas na Índia, que enviam pela Internet os relatórios durante os fins-de-semana, período em que nos EUA há uma grande afluência de pacientes para a radiologia e durante o qual há grande carência de médicos em serviço - note-se que o custo destes serviços assegurados por especialistas na Índia é cerca de um quarto do valor cobrado nos EUA.

Em sentido contrário, tem aumentado a pressão sobre os que não têm formação técnica - uma consequência dramática da automatização e robotização - e a imagem das linhas de montagem retratadas no filme de Chaplin, "Modern Times" fazem parte do passado. Estas tendências e modas geram hordas de trabalhadores excedentários.

Pelo contrário, também há sectores em que a mão-de-obra tende a ser extremamente valorizada, como é o caso da manutenção de computadores. Sempre que tento acabar um "paper" para a Universidade tenho problemas no computador e não há ninguém que mos resolva. Quer dizer que o técnico de informática se tornou tão precioso como o canalizador.

Estas mudanças técnicas são acentuadas pelas rápidas alterações de paradigmas tecnológicos promovidos na Ásia, especialmente na Índia e China. Isso, conjugado com a elevada volatilidade laboral e com as vicissitudes do comércio internacional, tende a arrasar os trabalhadores com fraca formação.

Isso só se resolver com protecção social?

Sim, só com protecção social. Os trabalhadores não podem nem devem ser remetidos toda uma vida para linhas de produção, sem lhes ser assegurada uma formação contínua. Temos de defender a educação e a formação dos trabalhadores. Esse é um dever das próprias empresas e das fábricas.

Acredita que no próximo Inverno o euro vai ultrapassar a barreira do dólar e meio e que o preço do petróleo ultrapasse os 110 dólares por barril?

Nos próximos dois anos as pessoas vão fugir do dólar fraco para o euro forte. E o preço do petróleo dispara.

Os EUA correm o risco de uma recessão?

Penso que é mais uma preocupação. A descida das taxas de juro foi uma tentativa de evitar isso. É um dilema. Tentar que a economia não caia. É um conflito macro. Mas se sobem as taxas de juro para atrair capitais, a economia ressente-se.

A crise da subprime já acabou?

Não, de maneira nenhuma. Já alterou muitas realidades na economia. Há quem tenha de vender casas por um quinto do seu valor, mas há os restantes que compram essas casas, beneficiando bastante a sua situação patrimonial. Temos de fazer contas a essas duas realidades, à dos que perdem e à dos que ganham. É verdade que os receios de uma recessão podem agravar o clima económico, de forma talvez exagerada. Os investidores retraem-se, e os consumidores também. Mas hoje nos EUA há mais pessoas a comprar casas porque os preços caíram. Tudo é dinâmico. Por isso, acredito que as hipóteses sobre uma recessão nos EUA são 50/50. Vivemos o conflito de evitar o declínio dos EUA. Entretanto não nos podemos esquecer que as exportações europeias para os EUA se tornaram mais difíceis com o euro cada vez mais caro. Para o mundo não é bom viver nesta volatilidade. Sob o ponto de vista dos indicadores fundamentais, a economia dos EUA continuará a ser a grande economia e o dólar a grande moeda. Trichet vai pensar melhor sobre o que deve fazer. E não sei que mais poderá fazer, além de baixar as taxas de juro.

Quer dizer que o BCE não pode aumentar taxas?
Se fizer isso, afectará a economia real, mas vai atrair capital. O euro ficará mais forte e não sei para quê. A direcção certa será descer taxas. Exige coordenação. É uma questão clássica, que em tempos ficou famosa pelo conselho dado pelo consultor de um dos ex-presidentes americanos: os europeus tratam das taxas de juro deles e nós, americanos, tratamos das nossas.

Elogios a Cavaco Silva

Bhagwatti não poupa elogios a Cavaco Silva, com quem se iria encontrar cerca de uma hora depois de terminar a entrevista com o Expresso. "É muito articulado e coerente e apresenta bons pontos de vista, quer se concorde quer não", diz o professor da Universidade de Columbia, que já se tinha encontrado com o Presidente da República durante a visita deste a Bangalore, na Índia.

Para o economista, Cavaco é uma pessoa prática que "lê muito e faz observações profundas sobre os assuntos de que fala". Uma característica que faz dele aquilo a que Bhagwatti chama de 'tecnolpol', ou seja, um político com formação técnica. É assim que também qualifica o actual primeiro-ministro da Índia, de quem é amigo e de quem foi colega de curso na universidade britânica de Cambridge.

Sempre bem-disposto e disponível para ilustrar o seu pensamento com factos do dia-a-dia, Bhagwatti não perde uma oportunidade de usar algum humor para temperar as suas ideias. Principalmente, para criticar o excesso de intervencionismo e as decisões erradas dos governantes em algumas economias mais atrasadas. "O problema em muitos países em desenvolvimento é que a mão invisível de Adam Smith não se consegue ver", refere o economista.

Expresso - 17-11-2007
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MensagemAssunto: Re: "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot   "Os EUA têm 50% de hipóteses de entrar em recessão&quot EmptySáb Nov 17, 2007 10:16 am

Se os USA se constipam.........A U.E. tera uma PNEUMONIA!!!
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