Morte nas minas de carvão da Ucrânia

O número de mortos na explosão ocorrida hoje numa mina de carvão em Donetsk, este da Ucrânia, subiu para 33 nas últimas horas, de acordo com um balanço do Governo ucraniano, que admite que as vítimas mortais possam vir a aumentar, quando continuam desaparecidos 77 mineiros.

“Neste momento, 33 corpos foram descobertos”, confirmou em directo à televisão ucraniana o vice-primeiro-ministro Andri Kliouev, responsável máximo da comissão governamental criada para acompanhar o incidente.

Segundo Andri Kliouev, 77 pessoas são dadas como desaparecidas, enquanto 26 mineiros foram hospitalizados após a explosão, um deles com ferimentos graves.

O último balanço do Ministério para as Situações de Emergência indicava que 28 pessoas tinham morrido e 70 outras estavam desaparecidas desde o incidente.

O responsável regional da inspecção do trabalho, Mykola Maleiev, disse, por sua vez, que o incêndio que se seguiu à explosão continuava a devastar as galerias da mina Zasiadko, uma das mais importantes do país. Mais de 350 mineiros foram já trazidos à superfície, continuando as operações de evacuação da exploração.

Sessenta e cinco equipas de socorro e 21 equipas médicas foram mobilizadas para o local, segundo o Ministério para as Situações de Emergência. “As operações de socorro são complicadas porque o sistema de ventilação foi afectado” pela explosão, admitiu Mykola Maleiev.

As causas para explosão, registada às 03h11 locais (01h11 em Lisboa), não foi ainda determinada.

Incidentes similares ocorridos nos últimos anos fizeram já dezenas de mortos na mina Zasiadko, que empresa cerca de dez mil pessoas e produz oito mil a dez mil toneladas de carvão por dia. Em 1999, uma outra explosão provocou a morte de 50 mineiros. Dois anos depois, 55 pessoas morreram num acidente semelhante e, em 2002, 20 outras perderam a vida quando eram utilizados explosivos na mina.

Sub-financiadas e dotadas de equipamentos muitas vezes obsoletos, as minas ucranianas, essencialmente concentradas na região Este do país, estão entre as mais perigosas do mundo. Em 2006, perto de 170 mineiros morreram na Ucrânia.

Público - 18-11-2007


Impressiona-me a vida deste grupo de profissional que são os Mineiros.

A falta de condições de segurança que fazem com que milhares e milhares de mineiros morram todos os anos em vários países, como a Chima, a Ucrânia e a Rússia.

É impressionate o que José Milhazes decreve, da Rússia, sobre esta actividade.

Actividade hoje em dia, já privatizada no caso da Ucrãnia e da Rússia, e na qual não são feitas melhorias na segurança, sob o argumento de que tornaria a produção sem rentabilidade.

Disgusting !!!

Uma nova deflagração feriu este sábado pelo menos cinco trabalhadores na mina de carvão de Zasyadko, Donetsk, na Ucrânia, onde há duas semanas morreram 100 mineiros numa explosão de metano, anunciou a agência Interfax.

Para além dos cinco mineiros feridos confirmados, desconhece-se ainda o estado de saúde de 35 outros, refere a Interfax, citando fonte da Comissão Estatal de Segurança Industrial.

Vinte mineiros foram trazidos ilesos à superfície, noticiou a Interfax.

A explosão de 18 de Novembro em Zasyadko constituiu o maior desastre mineiro na história da Ucrânia pós-soviética.

As minas de carvão na Ucrânia são tidas como das menos seguras do mundo, encontrando-se em estado muito degradado, além de atingirem profundidades superiores a 1.000 metros, o dobro do que sucede em outras minas europeias.

Grandes quantidades de metano acumulam-se em tais profundidades

Portugal Diário - 01-12-2007