Quercus acusa Secil

Co-incineração: Quercus acusa Secil de falta de transparência


A Quercus recusou hoje o convite da Secil de voltar a integrar a comissão de acompanhamento ambiental da cimenteira do Outão, que segunda-feira retomou a queima regular de resíduos perigosos, e acusou a empresa de "falta de transparência".

Rui Berkemeier da Quercus explicou à agência Lusa que não pretende, "por agora", voltar à Comissão de Acompanhamento Ambiental da Secil no Outão (CCA) face à "continuada falta de transparência da empresa".

Outra razão, acrescentou, é o facto da cimenteira do Outão pretender queimar resíduos recicláveis (óleos usados).

A Quercus saiu da CCA em 2006, invocando que a Secil faltava ao respeito aos membros daquela Comissão ao "não honrar a sua palavra" em relação aos resíduos industriais perigosos.

"A Secil tinha-se comprometido a informar previamente a CCA caso decidisse ponderar a queima de resíduos perigosos. Mas, faltando à palavra, pediu e obteve uma licença para queimar aquele tipo de resíduos, escondendo todo esse processo dos elementos da CCA, os quais só souberam do sucedido através da comunicação social", lembra Rui Berkemeier.

A Secil, que esteve durante quase um ano impedida de queimar resíduos perigosos por causa de duas decisões judiciais, foi autorizada a retomar aquela actividade em meados deste mês, após uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo.

Segundo fonte da Secil, a cimenteira retomou a queima regular dos resíduos industriais perigosos na segunda-feira à tarde, já depois de ter realizado um estudo de impacte ambiental (EIA), mas antes de ter concluído o período de consulta pública que é de cerca de um mês.

Também agora a Quercus acusa a cimenteira de falta de seriedade, alegando que retomou a queima sem esperar pelo resultado da consulta pública do estudo de impacte ambiental que apresentou ao Ministério do Ambiente.

"Como se não bastasse, esse estudo foi coordenado por um assessor, um funcionário da empresa, retirando-lhe assim independência e credibilidade", acusa a Quercus.

Rui Berkemeier critica ainda a intenção da cimenteira de queimar óleos lubrificantes usados, o que os ambientalistas condenam dado tratar-se de um fluxo de resíduos que pode facilmente ser reciclado.

"Está assim demonstrado que a Secil não tem uma política de transparência credível, nem defende as boas práticas na gestão dos resíduos. Continuando a manter-se estas condições, a Quercus nunca poderá voltar para a CCA", conclui o ambientalista.

Quando ouco"o anbientalista" JA DESCONFIO!!!! E quie essa malta na maioria dos casos e LOUCA!!